quarta-feira, 6 de novembro de 2013

CURSO PRÁTICO DE GPS
















DATA: 29 e 30 de novembro
HORÁRIO: 8h às 11h e 13h às 17h
LOCAL: UCDB - Laboratório de Topografia e Geomática
(Av. Tamandaré, n.6000)
MINISTRANTE: Eng.Agr. Vagner Dias
INVESTIMENTO:
   Profissionais: R$ 70,00
   Sócios/Acea e estudantes: R$ 50,00
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
   Tipos de GPS
   Conceito de Geoprocessamento
   Configuração de navegação do GPS
   Sistema de Projeção
   Marcação de pontos
   Coordenadas
   Rotas
   Calculo de áreas
   Utilização do Google Earth
   Localização de pontos com o GPS
   Aula prática
INFORMAÇÕES:
   cursogpsacea@gmail.com
   (67) 9219-0808  |  3321-8576
INSCRIÇÕES: clique aqui

Palestra Gestão de Tempo


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Guia avalia melhores árvores para pastagens

A Embrapa Acre lança hoje o “Guia Arbopasto: manual de identificação e seleção de espécies arbóreas para sistemas silvipastoris”. Nele, são descritas 51 espécies arbóreas nativas, classificadas e ranqueadas com base na sua aptidão para produção de madeira e fornecimento de serviços múltiplos em sistemas silvipastoris. Saiba mais, clicando aqui.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Palestra: Gerenciamento de Projetos no Terceiro Setor


Embrapa Hortaliças lança site sobre doenças, diagnóstico e controle de pragas do tomateiro

Produtores, pesquisadores, técnicos, extensionistas e demais interessados em conhecer os projetos relacionados ao enfrentamento das pragas que atacam o tomateiro, de indústria e de mesa, têm agora uma importante ferramenta à disposição. Trata-se do site “Doenças do Tomateiro”, disponível página da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) na internet. O espaço é um repositório das informações referentes ao projeto “Diagnóstico e Controle de Pragas em Sistemas de Produção de Tomate”, coordenado pela pesquisadora Alice Nagata. 

Acesse o site clicando aqui.

[ Fonte: Embrapa ]

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Guia para Reconhecimento de Inimigos Naturais de Pragas Agrícolas

Uma grande dificuldade do agricultor que deseja utilizar a técnica de controle biológico é saber quem são e como agem os insetos que contribuem para a redução das pragas nas lavouras. Para auxiliar essa identificação no campo, a Embrapa Agrobiologia está lançando o Guia para reconhecimento de inimigos naturais de pragas agrícolas. Trata-se de uma publicação de bolso com fotos e informações básicas sobre os agentes naturais mais comuns utilizados no controle de pragas. Faça o download da publicação clicando aqui.

[ Fonte: Portal Dia de Campo ]

Estratégias para o Uso de Biomassa em Química Renovável

Confira a publicação gratuita “Estratégias para o Uso de Biomassa em Química Renovável” clicando aqui, e conheça o cenário relacionado com as perspectivas e os desafios para o desenvolvimento de uma “economia verde” brasileira e de uma química renovável.

Brasil aprova norma para Produção Integrada do Café

A Produção Integrada do Café é uma iniciativa brasileira que tem como tem como foco tornar o processo produtivo do café mais sustentável, por meio da adoção das Boas Práticas Agrícolas, rastreabilidade e sustentabilidade econômica, social e ambiental. A medida vem ao encontro das exigências dos consumidores, que já cobram e valorizam condições apropriadas de produção e certificação do produto. 

A Instrução Normativa (IN) nº 49, que estabelece as normas técnicas específicas para a Produção Integrada do Café, foi publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa no Diário Oficial da União (DOU) do dia 25 de setembro. A norma será um dos temas em debate durante o VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, a ser realizado em Salvador-BA, de 25 a 28 de novembro. O evento é uma promoção do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café. 

A Instrução Normativa incentiva a adoção de tecnologias de melhor eficiência produtiva e econômica e baixo impacto ambiental e favorece a rastreabilidade da produção e do produto, desde a instalação da lavoura até a comercialização. Seus princípios atendem às exigências internacionais de custos reduzidos e fácil aplicabilidade a pequenos e médios produtores. Além disso, prevê o aperfeiçoamento gradativo e contínuo de maior número de cafeicultores, a ser realizado de acordo com a demanda do setor. Estima-se que o primeiro treinamento para auditores e responsáveis técnicos ocorra no início de 2014. A adesão é voluntária, podendo ser feita por cooperativas, associações e de forma individual. 

Tópicos da norma 

A IN nº 49 determina os requisitos obrigatórios, recomendados e proibidos para 15 áreas temáticas: gestão da propriedade; organização de produtores; gestão ambiental; material propagativo; localização e implantação de cafezais; fertilidade do solo e nutrição do cafeeiro; manejo do solo, da cobertura vegetal e do cafeeiro; disponibilidade de água e irrigação; proteção integrada do cafeeiro; colheita; pós-colheita; monitoramento de resíduos de agrotóxicos; legislação trabalhista, segurança, saúde e bem estar do trabalhador, registro de informações, rastreabilidade e verificação de conformidade; e certificação. 

Entre as obrigatoriedades previstas estão: identificação de possíveis fontes de poluição, dentro e fora da propriedade; manutenção de áreas de proteção biológica; disposição de lugares seguros e limpos para armazenagem; realização de análise anual de solo; manutenção de programa e monitoramento de resíduos de agrotóxicos nos grãos de café; registro da remuneração dos trabalhadores de acordo com a legislação vigente, adotando medidas para reduzir acidentes e a insalubridade no ambiente de trabalho. Entre as proibições: cultivo de café em áreas de proteção ambiental, preservação permanente ou em áreas de desmatamento ilegal recente; formação de lavouras em áreas vedadas pela legislação ambiental; aplicação de herbicida sem uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, utilização de agrotóxicos via água de irrigação; e uso de agrotóxicos sem registro para café no Brasil. Ainda sobre agrotóxicos, prevê que toda tomada de decisão sobre a aplicação de pesticidas, fertilizantes e de corretivos agrícolas só deverá ser feita se o monitoramento indicar a necessidade, o que significa além da preservação ambiental, economia de custos com insumos agrícolas, mais segurança alimentar e saúde para o trabalhador e o consumidor. 

Saiba mais sobre o assunto na entrevista com o coordenador de produção integrada da cadeia agrícola do Mapa, Marcus Vinícius de Miranda Martins, fiscal federal agropecuário e engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Lavras – Ufla. 

Embrapa Café: O que é a Produção Integrada do Café, como surgiu a motivação brasileira para esse iniciativa? Além do Ministério da Agricultura, quais instituições estão à frente desse processo? 
Marcus Martins: Produção Integrada é um sistema de produção que gera alimentos e demais produtos de alta qualidade e seguros, mediante a aplicação de recursos naturais e regulação de mecanismos para a substituição de insumos poluentes, garantindo a sustentabilidade e viabilizando a rastreabilidade da produção agropecuária. Atualmente, a Produção Integrada tem atuação em mais de 30 cadeias produtivas agrícolas, entre elas, a cadeia produtiva do café. Essa iniciativa teve início em 2005, em uma parceria entre o Mapa e a Universidade Federal de Viçosa - UFV e tem como foco tornar o processo produtivo do café mais sustentável, por meio da adoção das Boas Práticas Agrícolas, rastreabilidade e sustentabilidade econômica e social. A implantação da Produção Integrada na cultura do café representa opção técnica e ambientalmente vantajosa para o controle dos principais problemas que afetam essa cultura. Diversas instituições participaram desse trabalho, entre UFV, Embrapa Café, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Ufla e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. 

Embrapa Café: O que é rastreabilidade e certificação de produto agrícola e como surgiram no Brasil? Como têm sido aplicados tradicionalmente à cultura do café? 
Marcus Martins: Rastreabilidade na agropecuária pode ser definida como a identificação, acompanhamento e registro de todas as fases operacionais do processo produtivo, desde a fonte da produção até a comercialização. Certificar é garantir a procedência, qualidade, especificação e modelo de produção. Rastrear e certificar são processos que já são adotados há muitos anos em vários países e em vários setores da indústria, comércio e agricultura. Não dá para se precisar uma data específica, mas destacam-se como exemplos de adoção de rastreabilidade e certificação na agropecuária: a produção de carne e de frutas que, por exigências de outros países, tiveram que adotar esses processos para se garantir mercado. Na cultura do café, já existem várias protocolos de certificação, mas o diferencial da Produção Integrada é que é um processo de certificação com chancela de governo, no caso, do Mapa e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro. 

Embrapa Café: De forma prática, como deverá funcionar a Produção Integrada do Café para que os objetivos de rastreabilidade, sustentabilidade e certificação sejam alcançados? Como esse sistema de produção propicia a realização desses três importantes valores agregados? 
Marcus Martins: A metodologia de trabalho da Produção Integrada, de uma maneira geral, inicia-se com palestras de sensibilização de produtores e técnicos sobre o histórico, conceitos e situação atual da Produção Integrada. Posteriormente apresenta-se a norma da Produção Integrada do Café para que seja validada em campo nas diferentes regiões do Brasil. Produtores que quiserem se certificar pela Produção Integrada devem começar a adotar a norma pelo menos um ano antes da solicitação de certificação, para que possa haver um registro histórico das informações de produção, base para se obter a rastreabilidade e solicitar a auditoria de certificação. Antes de se obter a certificação, é necessário que ocorra a capacitação dos auditores das certificadoras e dos responsáveis técnicos das propriedades rurais. Instituições com corpo técnico qualificado podem organizar essas capacitações, desde que sigam a ementa dos cursos que consta em documento anexo às normas. 

Embrapa Café: Como produtor, trabalhador, consumidor e sociedade serão beneficiados com a implantação da Produção Integrada do Café em lavouras brasileiras? 
Marcus Martins: O café certificado pela adoção da produção integrada garante que o produtor cumpre a legislação vigente e produz café com rastreabilidade e sustentabilidade econômica, ambiental e social. O consumidor que adquirir esse café certificado terá a garantia de estar consumindo um alimento seguro e com garantia de qualidade. 

Embrapa Café: O consumidor vem adquirindo consciência crescente sobre a importância de comprar produtos de qualidade. Mas muitos ainda dão preferência para o produto mais barato. A norma de Produção Integrada do Café deverá equacionar essa questão ao melhorar a qualidade também dos cafés de menor preço, mais acessível à população de baixa renda? A certificação poderá abarcar todos os tipos de café e preferências dos consumidores? Por que o consumidor deve preferir comprar produtos certificados? 
Marcus Martins: Café certificado tem garantia de qualidade porque anualmente recebe uma auditoria que irá verificar se ele cumpre as normas de certificação. O cumprimento das normas de produção integrada pelo produtor garante que aquele café é seguro para o consumo. Os produtos certificados têm maior valor agregado, mas não necessariamente precisam ser mais caros. À medida que houver mais produtos certificados no mercado, mais baratos se tornarão. Pesquisas comprovam que atualmente o consumidor está disposto a pagar um pouco a mais no preço do produto para obter um produto com garantida de origem e qualidade. 

Embrapa Café: Do ponto de vista ambiental, quais são os ganhos propiciados a partir da aplicação das normas da Produção Integrada do Café? Como será feito o monitoramento da aplicação de pesticidas, fertilizantes e de corretivos agrícolas para que sejam usados na medida da necessidade? O que isso poderá trazer de valor agregado ao produto? 
Marcus Martins: Todo produto certificado pela produção integrada deve cumprir legislação vigente, inclusive a ambiental. O monitoramento do uso de insumos é feito por meio dos registros de todas as etapas da produção, inseridos em cadernos de campo e em cadernos de pós-colheita. Além disso, o produtor deve adotar todas as recomendações técnicas para a cultura e também as Boas Práticas Agrícolas. Todo esse acompanhamento do processo produtivo garante um produto com valor agregado, o que pode ser comprovado por testes laboratoriais, melhor apresentação, maior durabilidade e melhor sabor. 

Embrapa Café: Tem conhecimentos sobre os estudos ligados à Produção Integrada do Café já realizados pelo Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café, e dos principais resultados obtidos? Teria sugestões de como o Consórcio Pesquisa Café poderia direcionar suas pesquisas e atividades de transferência de tecnologia para atender o desafio da Produção Integrada do Café? 
Marcus Martins: Estive na última reunião do Consórcio Pesquisa Café, na qual foram apresentados o planejamento e os resultados já alcançados na execução dos trabalhos. Para a Produção Integrada do Café, é importante focar na pesquisa básica e de suporte em Manejo Integrado de Pragas - MIP; em mecanismos de adoção de rastreabilidade na cadeia produtiva do café e no desenvolvimento de tecnologias para uso racional de insumos agropecuários. 

Embrapa Café: Acredita que as propriedades, de forma geral, estão preparadas para essa nova fase da cafeicultura? Como o Ministério e demais instituições estão se articulando para dar condições de efetiva implantação das normas de produção integrada do café no Brasil? Quais as ações já realizadas e as que estão por acontecer? Como será conduzida a adesão dos produtores? 
Marcus Martins: A cadeia produtiva do café é uma das mais organizadas do agronegócio brasileiro e, portanto, os produtores não terão dificuldades em adotar as normas da Produção Integrada do Café. No curto prazo, nosso objetivo será realizar palestras de divulgação e sensibilização junto ao setor produtivo e, a médio prazo, elaborar campanha de promoção e divulgação tanto para o produtor quanto para o consumidor. Como a norma foi publicada há poucos dias, nesse momento, estamos na fase de elaboração de estratégias. Fomos convidados para apresentar, em novembro, a norma durante o VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. A adesão dos produtores poderá ocorrer individualmente ou por meio de grupo de produtores. Nesse último caso, a associação ou cooperativa solicita a certificação em grupo, o que irá baratear os custos da certificação. 

Embrapa Café: Para quando estão previstos os treinamentos para capacitação de técnicos? E a capacitação de produtores? Onde os produtores podem obter mais informações sobre a norma da Produção Integrada do Café, adoção da prática e o andamento das ações? 
Marcus Martins: Estima-se que o primeiro treinamento para auditores e responsáveis técnicos ocorra no início de 2014. Quanto à capacitação de produtores, ela é contínua e acontecerá de acordo com a demanda do setor produtivo, podendo ocorrer sempre que houver demanda. As informações podem ser obtidas diretamente no MAPA pelo sitio (www.agricultura.gov.br), por email ( producao.integrada@agricultura.gov.br ) ou por telefone (61-32182390). 

Embrapa Café: Como está a expectativa dos produtores de café e da sociedade em geral em relação à aplicação e resultados da norma da Produção Inegrada do Café? 
Marcus Martins: A norma da Produção Inegrada do Café é um anseio do setor produtivo desde 2007, portanto foi muito bem recebida por quem tem interesse em produzir um café com sustentabilidade e garantia de origem. À medida que a norma for divulgada, temos certeza de que mais pessoas terão interesse em conhecê-la e adotá-la. 

Embrapa Café: Há produtores de café que se adiantaram e já aplicam as diretrizes da Produção Inegrada do Café ou já adotam normas de certificação em suas propriedades? Como é feito o processo de certificação e quanto tempo dura? 
Marcus Martins: Não temos conhecimento do número exato de produtores que já adotam as diretrizes da Produção Integrada do Café mas, especialmente em Minas Gerais, onde o trabalho a campo foi produzido, sabemos que muitos têm condições de adotar as normas. 

Embrapa Café: A Produção Inegrada do Café e a certificação repercutem de que forma no mercado nacional e internacional? Do ponto de vista socio-econômico e ambiental, quais são os resultados e os impactos esperados para o agronegócio café e a economia brasileira? 
Marcus Martins: O mercado nacional ainda não valoriza, como deveria, produto certificado com garantia de origem e com valor agregado, diferentemente dos mercados internacionais que exigem produtos com rastreabilidade ou certificados. Os resultados esperados são bastante promissores, seja por exigência dos compradores de café seja por iniciativa própria do setor produtivo. 

Embrapa Café: Teria mais informações a acrescentar sobre o assunto? 
Marcus Martins: Esperamos para 2014 uma grande adesão dos produtores brasileiros à Produção Integrada do Café com vistas à agregação de valor ao café brasileiro. 

Conquista de todos - A norma sobre Produção Integrada do Café é resultado do esforço conjunto de pesquisadores, agentes da cadeia produtiva e consumidores cada vez mais conscientes da necessidade de investir em qualidade e valor agregado ao produto por meio da adoção de boas práticas agrícolas, visando à sustentabilidade econômica, social e ambiental. Em outras palavras, a norma é uma adaptação do conjunto de diretrizes técnicas desse sistema de produção em mecanismos de regulação para produzir alimentos de alta e diferenciada qualidade com sustentabilidade e competitividade. 
Confira edição do Prosa Rural, programa de rádio da Embrapa, sobre “Produção Inegrada do Café, caminho para a sustentabilidade” em http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2013/producao-integrada-de-cafe-caminho-para-sustentabilidade. 

Consórcio Pesquisa Café – Criado em 1997, congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais. Foi criado por dez instituições: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras - Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV. 

Avanços da cafeicultura no Brasil – Segundo o Informe Estatístico do Café - Dcaf/Mapa - a área de produção e a produtividade do café, em 1997, quando da criação do Consórcio Pesquisa Café, era de 2,4 milhões de hectares de área cultivada, com produção de 18,9 milhões de sacas de 60kg e produtividade de 8,0 sacas/hectare. Passados 16 anos, em 2013, de acordo com o segundo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab (maio/2013), com praticamente a mesma área cultivada – 2,3 milhões de hectares - o País deverá produzir 48, 5 milhões de sacas, com uma produtividade de 23,8 sacas/ha. 

VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil – De 25 a 28 de novembro, em Salvador-BA. Inscreva-se, participe e divulgue. Mais informações em http://www.simposiocafe.sapc.embrapa.br/ 


[ Fonte: Embrapa/PR ]

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Abelhas sem ferrão

Estima-se que exista cerca de 30.000 espécies de abelhas no mundo, uma delas é a Munduri (Melipona asilvai), a abelha sestrosa que habita naturalmente as regiões de caatinga brasileira. Faça o download do livro da Embrapa para saber mais sobre o assunto, clicando aqui.


Fonte: Agro Sustentável

Horta Ecológica

Clique aqui para baixar o folder “10 dicas para montar hortas de base ecológica” da Embrapa

Fonte: Embrapa

Curso sobre Sementes de Hortaliças

Embrapa e UFSCar organizam 13ª edição do Curso sobre Tecnologia de Produção de Sementes de Hortaliças, em Araras/SP, de 21 a 24 de outubro. O objetivo é apresentar tecnologias para o aprimoramento da produção e da qualidade de sementes de hortaliças. Saiba mais clicando aqui


Fonte: Agro Sustentável

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Nota de Pesar

É com imenso pesar que comunicamos o falecimento da Sra. Rosa Galati Canton, mãe do Engenheiro Agrônomo Tito Lívio Canton, Presidente da Associação Campo-Grandense de Engenheiros Agrônomos. Ela faleceu na madrugada de hoje (07/10/13) às 4h05min, na cidade de São Paulo. Descansou e já está nos braços do Senhor. O velório e sepultamento será em São paulo, cidade onde residia.
Diretoria da ACEA

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Laranja de polpa vermelha

Clique aqui e conheça a cultivar de laranja de polpa vermelha da Embrapa.

Fonte: Agro Sustentável

Como obter suas próprias sementes?

E-livro gratuito (em Castelhano). Como obter suas próprias sementes: Manual para Agricultores Ecológicos. O pdf do e-book pode ser obtido clicando aqui.

Fonte: Novos Rurais

Adubo verde

Agricultores da região norte do Piauí serão beneficiados com a instalação de um banco ativo de sementes de adubos verdes que protegem o solo das chuvas de alta intensidade, aumentam a capacidade de retenção de água no solo e recuperam solos degradados. Saiba mais clicando aqui ou confira a cartilha sobre o assunto clicando aqui

Fonte: Agro Sustentável

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Helicoverpa armigera: Circular Técnica para download

Clique aqui para fazer download da Circular Técnica da Embrapa Dourados "Ocorrência, aspectos biológicos, danos e estratégias de manejo de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) nos sistemas de produção agrícolas".

Pecuária sustentável

Você sabia que uma das principais ferramentas para se praticar a pecuária sustentável é o planejamento? Confira o Prosa Rural sobre o manejo sustentável de rebanho de corte e descubra mais! Clique aqui para acessar: http://bit.ly/19x6evt

Integração Lavoura, Pecuária e Floresta


Para download - Cartilha sobre iLPF publicada pela Fundação Banco do Brasil acessando o link: http://is.gd/NyXrod
A Fundação Banco do Brasil incluiu a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta no seu Banco de Tecnologias Sociais e disponibilizou a publicação da Cartilha Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, passo a passo, como Tecnologia Social. A cartilha conta também com a parceira da Fundação Caso do Cerrado...

Pecuária de leite sustentável

Sabia que a integração Lavoura-Pecuária-Floresta, iLPF, permite a produção de leite mais sustentável? E não é só isso não! Essa tecnologia permite diminuir os impactos ambientais da atividade agrícola, recuperando áreas degradadas e preservação da floresta. Saiba mais conferindo o ProsaRural sobre o tema! http://bit.ly/14p69JF 

Construção de Fossa Séptica biodigestora

Cartilha produzida em parceria com a Fundação Banco do Brasil ensina como construir uma fossa séptica biodigestora. Um sistema inovador de saneamento básico na área rural que previne contra doenças, protege o lençol freático e produz adubo orgânico de qualidade. Confira: http://bit.ly/17uMSH9

sábado, 10 de agosto de 2013

Controle de pragas em hortas urbanas

Faça o download gratuitamente da publicação "Recomendações para o controle de pragas em hortas urbanas" clicando aqui.

Café e saúde: pesquisas do Incor apontam que café faz bem ao coração

O tradicional cafezinho é uma das bebidas mais consumidas e apreciada no Brasil e no exterior. Mesmo tendo essa popularidade, as propriedades nutracêuticas do café ainda são vítimas de desinformação. No entanto, estudos recentes mostram que a bebida, se consumida com moderação, é saudável para o ser humano.

De acordo com o médico e pesquisador Luiz Antonio Machado César, do Instituto do Coração – InCor/SP, o café não faz mal à saúde se tomado em quantidades moderadas e habituais, ou seja, até quatro xícaras ao dia. Ele avalia os efeitos do café sobre variáveis que envolvem o sistema cardiovascular para saber os efeitos da bebida na pressão arterial e no coração de pacientes que já têm doenças coronárias. 

Segundo o médico, considerando os estudos recentes, não há evidências de que o café seja ruim para pessoas com problemas no coração. Os estudos vêm sendo desenvolvidos há quatro anos na Unidade Café e Coração, instalada no InCor, por meio de parceria com o Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. A pesquisa analisou o comportamento de mais de cem pessoas por meio de diferentes baterias de exames feitos periodicamente com pacientes que tomavam café.

Saiba, nesta entrevista realizada pela Embrapa Café, o que pensa Luiz Antonio sobre os benefícios do café para o coração. Ele acredita que, para diminuir o desconhecimento e o preconceito das pessoas em relação às propriedades da bebida, os resultados das pesquisas científicas e sua divulgação são excelentes aliados.

Embrapa Café: Como foi feita a pesquisa que trata dos efeitos do café sobre variáveis que envolvem o sistema cardiovascular?
Luiz Antonio: O estudo foi feito da seguinte forma: convocam-se pessoas saudáveis e pessoas com doenças coronarianas. Antes do início das análises, todos os voluntários são proibidos de ingerir cafeína durante três semanas. Então, uma bateria de exames é feita com cada paciente: testes de esteira, exame do Holter, monitoramento da pressão arterial e dosagens de sangue. Em seguida, é realizado um sorteio. Alguns pacientes são selecionados para beber café de torra clara; outros, para beber café de torra mais escura. Cada um recebe uma cafeteira com café e recebe orientações de preparo da bebida. Durante quatro semanas, cada voluntário toma de três a quatro xícaras de café por dia. Em seguida, voltam ao consultório e repetem todos os exames.

EC: O que mostram os resultados?
LA: Os resultados mostram que tomar café não faz mal. O café de torra clara tem leve tendência a aumentar a pressão arterial. Já o café de torra escura não causou nenhuma alteração na pressão. Houve discreto aumento no colesterol ruim e também no colesterol bom. Observou-se também que, depois de ingerir café, as pessoas normalmente conseguiam andar mais na esteira. Além disso, estudos epidemiológicos realizados pelo Instituto do Câncer americano avaliaram mais de 400 mil pessoas, durante o período de 20 anos. Os resultados, publicados no New England Journal of Medicine, uma das revistas de maior impacto na América, mostram que os pacientes com câncer que tinham o hábito de tomar café morreram menos do que aqueles que não ingeriam a bebida.

EC: Há alguma restrição para a ingestão de café por pessoas com problemas de hipertensão, problemas nas válvulas mitrais ou pessoas que já passaram por cirurgias cardiovasculares, como ablação e cateterismo?
LA: Não, não há nenhuma restrição, desde que a pessoa tome em quantidade habitual e que o paciente seja acostumado a tomar café. Entretanto, algumas pessoas são mais sensíveis a determinados tipos de alimento ou bebida. Há quem consuma cafeína e tenha taquicardia. Nesses casos, não é recomendado ingerir.

EC: Crianças com problemas cardíacos podem ingerir a bebida?
LA: Podem sim. Recomenda-se café com leite.

EC: O que se deve fazer para não ficar dependente do café?
LA: É normal nos acostumarmos à cafeína. Entretanto, parando de tomar por um tempo, os efeitos da dependência, como dor de cabeça, incômodo e irritabilidade, logo desaparecem. Os mesmos efeitos manifestam-se em quem toma café demais. Nesses casos, recomenda-se que a diminuição da bebida seja feita progressivamente. É possível e fácil.

Mais sobre café e saúde

Pesquisas também têm mostrado que a bebida tem ação estimulante sobre o sistema nervoso e aumenta a atenção, a concentração e a memória de curto e médio prazo, sendo recomendado inclusive para estudantes de todas as idades. Os estudos também apontam que o café pode atuar na prevenção do câncer de cólon e reto, doença de Parkinson e de Alzheimer, apatia e depressão, obesidade infantil, diabetes tipo II, cálculos biliares e câncer de fígado, além de aumentar o estado de vigília do cérebro e diminuir a sonolência. Saiba mais sobre os resultados já alcançados no site da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).


[ Fonte: Embrapa ]

ABC da agricultura familiar

Faça o download gratuito da publicação "ABC da agricultura familiar" clicando aqui.

1° Simpósio Internacional de Arborização

O 1º Simpósio Internacional de Arborização de Pastagens em Regiões Subtropicais, promovido pela Embrapa Florestas, tem como objetivo estimular o debate sobre a integração da pecuária com integração de árvores e pastagens em busca de um sistema mais sustentável.
Com a crescente exportação da carne bovina, surgiu o desafio de manter o crescimento com técnicas sustentáveis, buscando a recuperação de áreas degradadas, o plantio de florestais com fins comerciais e integração lavoura-pecuária-floresta, sendo que a arborização de pastagens é um dos itens desta tecnologia. Promover uma reflexão do atual estágio de desenvolvimento sobre arborização de pastagens em regiões subtropicais e resultados obtidos e o intercâmbio de informações entre técnicos, instituições e empresas para o aprimoramento de tecnologias silvipastoris são os objetivos deste simpósio que acontece em um momento em que o saber sobre a temática encontra espaço e necessidade para ser sistematizado, debatido, conhecido.
Clique aqui para mais informações.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Projeto tenta salvar da extinção alimentos que saíram de moda

Há sete anos, Nuno Madeira, pesquisador da Embrapa Hortaliças, em Brasília, se dedica a recuperar alimentos que se perderam no tempo. Cará-moela, peixinho (ou lambari da horta), capuchinha, taioba, vinagreira, mangarito e ora-pro-nóbis estão entre as 40 espécies que compõem um projeto de preservação coordenado por ele.
Madeira comenta que a empresa, na época, decidiu fortalecer uma espécie de acervo que garante a manutenção de plantas importantes para o país.  "Nesse momento descobrimos que muitas hortaliças e raízes do passado não estavam contempladas", informa.
Segundo o pesquisador, esses alimentos são importantes para pequenos produtores e comunidades de diferentes regiões do país mesmo que não sejam mais encontrados como antigamente.
Conforme a Agência para Agricultura e Alimentação da ONU (FAO)  houve uma redução (de 10 mil para 170) do número de plantas comestíveis e usadas pelo homem nos últimos cem anos. Elas foram trocadas por outras de alta produtividade.
O próprio pesquisador começou a colaborar com a recomposição do acervo da Embrapa a partir de algumas plantas do quintal da própria casa. Madeira sempre teve interesse por essas "hortas antigas" desde quando era estudante de agronomia.
"São plantas rústicas que produzem bem em qualquer lugar e de forma quase espontânea", informa.
As mudas provenientes dos canteiros da Embrapa vão abastecer outros projetos semelhantes no país. Um deles pertence ao Polo Regional da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. Uma área de 2.000 metros quadrados abriga 20 tipos de hortaliça classificadas como "não convencionais".
"Elas correm o risco de desaparecer por terem sido substituídas por outras de maior escala e que se tornaram comuns em nossas mesas", afirma a pesquisadora Cristina Maria de Castro.
A engenheira agrônoma afirma que esses alimentos jamais estarão em quantidade nos supermercados. "Nem por isso precisamos abrir mão deles", diz. O projeto da Apta atende os pequenos produtores na região de Pindamonhangaba.

A nutricionista que preserva alimentos que se perderam no tempo

A nutricionista Neide Rigo tem o hábito de andar por São Paulo sempre de olho em ervas e hortaliças que podem ser encontradas por cantos de praças e parques da capital. Por meio da coleta delas, Neide formou canteiros de hortaliças "não convencionais" em sua casa.
"Uns crescem plantados, outros largados e alguns de teimosos", diz.  É num pequeno espaço que Rigo colhe ora-pro-nóbis, mangarito e cará-do-ar. Tem também capiçoba (folha similar ao espinafre), jambu (a erva amazonense que amortece de leve os lábios), e sementes de vários lugares.
"Tenho um interesse histórico por alimentos, e por isso eles nunca perdem a importância para mim", diz.
Por resgatar alimentos à beira da extinção, Neide Rigo já contribuiu com o restabelecimento de alguns deles pelo país. Ela mandou para a região de Garanhuns, em Pernambuco, um tipo de melão (o cruá) que estava desaparecido por lá. Uma outra vez, recebeu de um produtor um punhado de farinha de araruta, que anda sumida do mercado.
Segundo ela, o que mais se encontra é o amido (fécula) de mandioca sendo vendido no lugar da outra. "Quem conhece sabe que os biscoitos de araruta são mais leves e branquinhos", afirma.
A dedicação aos alimentos quase desaparecidos levou a nutricionista a participar da Arca do Gosto, braço do movimento internacional Slow Food, que prega a recuperação da tradição de alguns produtos em seus respectivos países.

[ Fonte: UOL ]

Exposição no Shopping Iguatemi mostra como a ciência transforma a vida

Durante sete dias, os visitantes do Shopping Iguatemi, em São Carlos (SP), terão a oportunidade de conferir a exposição “Ciência que transforma a vida”, na qual a Embrapa apresenta as principais conquistas da agricultura tropical desde sua criação, em 1973. Os grandes temas da pesquisa agropecuária brasileira poderão ser vistos no período de 31 de julho a 06 de agosto, das 10h às 22h.

Coordenada pelas duas unidades da Embrapa em São Carlos – Instrumentação e Pecuária Sudeste –, a exposição tem o objetivo de envolver a comunidade local na comemoração dos 40 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária trazendo, de forma simples, exemplos de como os produtos e tecnologias gerados nos laboratórios e campos experimentais estão inseridos no dia a dia do público urbano.

Os frutos que a pesquisa agropecuária poderá colher no futuro estarão representados em uma árvore cenográfica. As soluções da ciência brasileira para uma agropecuária sustentável serão apresentadas em uma parede formada por telas, com vídeos nos quais a Embrapa abordará doze grandes temas. Os vídeos também podem ser vistos no site Agro Sustentável (www.agrosustentavel.com.br).

A atual dimensão da empresa e sua contribuição no âmbito regional, nacional (47 unidades em todo o Brasil) e internacional (laboratórios virtuais na América do Norte, Ásia e Europa) também serão apresentadas na exposição, que já teve versões semelhantes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em Brasília (DF). O Iguatemi é o único shopping no País a receber a exposição em comemoração aos 40 anos da Embrapa.

A Embrapa em São Carlos
No interior do Brasil apenas duas cidades possuem mais de um centro de pesquisa da Embrapa e São Carlos é uma delas. Nas duas unidades trabalham 239 empregados, dentre os quais 70 pesquisadores, e mais dezenas de colaboradores, entre estagiários e bolsistas. A pesquisa realizada aqui gera resultados efetivos que extrapolam as fronteiras, levando diversas soluções para a agricultura em todo o País e até para o exterior.


[ Fonte: Embrapa ]

Simpósio aborda técnicas de plantio e manejo de eucalipto

VII SIMPÓSIO SOBRE TÉCNICAS DE PLANTIO E MANEJO DE EUCALYPTUS PARA USO MÚLTIPLOS Data: 14 a 16 de agosto de 2013 Piracicaba, SP Apoio: Painel Florestal       


VII SIMPÓSIO SOBRE TÉCNICAS DE PLANTIO E MANEJO DE EUCALYPTUS PARA USO MÚLTIPLOS
Nos dias 14 a 16 de agosto de 2013 ocorrerá o VII Simpósio “Técnicas de Plantio e Manejo de Eucalyptus para Usos Múltiplos” nas dependências da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP, em Piracicaba – SP.
O evento tem como objetivos possibilitar a aquisição e troca de informações sobre o plantio de eucalipto através de palestras e discussões, difundir os múltiplos usos da cultura de eucalipto, possibilitar o conhecimento de novas técnicas para a produção de florestas de eucalipto e otimizar os níveis de planejamento e rentabilidade do ramo florestal/agrícola.
Data: 14 a 16 de agosto de 2013
Local: Anfiteatro e Saguão do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição, da ESALQ, na Av.Pádua Dias, n° 11, em Piracicaba, SP
Coordenação:
- Prof.Dr.José Leonardo de Moraes Gonçalves
- Profa.Dra.Luciana Duque Silva
- Prof.Dr.Durval Dourado Neto
- Eng. Florestal Dr.José Carlos Arthur Junior
Realização:
- Grupo de Estudos "Luiz de Queiroz" - GELQ
- Instituto de Pesquisa e Estudos Florestas - IPEF
- Programa Temático de Silvicultura e Manejo - PTSM

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[ Fonte: Rural Centro ]

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Helicoverpa armigera: ameaça internacional, por José Fernando Jurca Grigolli

Muitos produtores estavam se programando para a safrinha 2013 e para a safra 2013/14 quando as notícias sobre uma nova praga na agricultura brasileira colocaram vários planos por terra. As reportagens de que uma praga exótica no Brasil chegou às lavouras da Bahia e devastou cultivos de algodão causaram ainda mais apreensão para os “trabalhadores do campo”, sejam eles produtores, consultores ou pesquisadores.
Como pesquisador, logo iniciei pesquisas sobre qual era a praga, de onde veio, como ela é, qual o seu potencial de dano e como podemos manejá-la. Logicamente, perguntas difíceis de serem respondidas para qualquer praga, ainda mais para uma praga recém-detectada no Brasil.
A primeira pergunta foi bem simples de ser respondida quando li um trabalho escrito por Czepak e colaboradores (2013), relatando cientificamente o primeiro registro de Helicoverpa armigera no Brasil. Para mim ficou muito claro que se tratava da tão temida praga. A busca da segunda resposta deixou evidente que a tarefa não seria fácil. Não se sabe como esta praga chegou ao país. Existem diversas teorias, como bioterrorismo e alta capacidade de migração, mas nenhuma confirmada oficialmente.
Por se tratar de uma praga nova no cenário agrícola brasileiro, e claramente com enorme potencial de dano, é essencial saber diferenciar esta de outras espécies, para realizar o controle mais eficiente. Assim, recorri novamente à literatura, quando vi o primeiro problema: a distinção entre Heliothis virescens (lagarta da maçã), Helicoverpa zea (a lagarta da espiga do milho que estamos acostumados a ver) e a Helicoverpa armigera é difícil. Mas podemos pelo menos definir qual o gênero se observarmos as pontuações pretas ao longo do corpo das lagartas, a lagarta da maçã apresenta microespinhos nas pintas, enquanto as lagartas do gênero Helicoverpa apresentam as pontuações pretas ao longo do corpo das lagartas sem microespinhos.
Esta praga é polífaga, se alimentando de diversas culturas, como algodão, soja e milho. Não há dúvidas de que Helicoverpa armigera é uma praga de altíssimo potencial de dano, sendo considerada praga-chave de diversas culturas em outros países. Na Austrália há um intenso programa de manejo de pragas em função deste inseto e nos EUA, apesar de não terem esta praga relatada oficialmente, já há uma série de estudos envolvendo as formas de controle deste inseto.
Em condições brasileiras, é possível que essa praga tenha até nove gerações por ano, evidenciando a capacidade reprodutiva e o potencial de dano de H. armigera. Pelo menos 14 Estados do Brasil estão infestados pela praga, dentre eles Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Maranhão, Piauí, entre outros (Degrande 2013, informação pessoal). Os ataques desta praga já foram relatados principalmente na cultura do algodão. No oeste da Bahia, foram observadas perdas de 15 @ ha-1 no algodão, em São Paulo 70% do feijão foi atacado por Helicoverpa armigera e em Mato Grosso do Sul foram registradas perdas de 10 a 15 @ ha-1 no algodão.
O controle desta praga passa por uma série de recomendações. O calendário de plantio deve ser rigorosamente seguido, de acordo com as recomendações para cada região. O vazio sanitário também deve ser seguido, de modo que a destruição de soja seja realizada de forma adequada. A adoção do refúgio é essencial para o controle desta praga. O uso adequado de inseticidas é uma estratégia fundamental. O nível de controle para esta praga deve ser seguido, bem como o momento de aplicar os inseticidas. Independente do produto utilizado, sua eficiência é maior quando as lagartas são pequenas (até 7 mm). Nesse aspecto, adota-se o nível de controle para a soja na fase vegetativa quatro lagartas menores que 7 mm por metro de linha ou 30% de desfolha; para a fase reprodutiva, uma lagarta menor que 7 mm por metro de linha ou 15% de desfolha. É importante ressaltar que a amostragem deve considerar, além do pano de batida, a avaliação visual das plantas em um metro de linha, pois a técnica do pano de batida pode ser ineficiente para as lagartas pequenas de H. armigera.
Quanto aos inseticidas para o controle químico de H. armigera, o único inseticida registrado para seu controle pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é o inseticida Belt® (Flubendiamida) na dose de 50 a 70 ml ha-1 para a cultura da soja. Além deste inseticida, o ato nº 15, de 14 de março de 2013 da Coordenação Geral de Agrotóxicos e Afins do MAPA, permitiu em caráter emergencial os inseticidas à base de Clorantraniliprole na dose de 50 ml ha-1; Clorfenapyr nas doses de 1,0 a 1,2 L ha-1; Indoxacarbe (dose para a soja não definida pela publicação oficial); Bacillus thuringiensis na dose de 500 g ha-1; e vírus VPN-HzSNPV (Baculovírus) na dose de 200 a 375 ml ha-1. No entanto, a Fundação MS recomenda que os produtores procurem o responsável técnico de suas lavouras para o correto uso dos inseticidas, bem como o MAPA para apoio legislativo quanto à utilização dessas substâncias.
Além das medidas de controle acima citadas, é essencial o treinamento de técnicos de campo para realizarem a correta identificação das pragas da lavoura e intensificar a amostragem nos talhões.

[ Fonte: Fundação MS in Notícias Agrícolas ]