sábado, 10 de agosto de 2013

Controle de pragas em hortas urbanas

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Café e saúde: pesquisas do Incor apontam que café faz bem ao coração

O tradicional cafezinho é uma das bebidas mais consumidas e apreciada no Brasil e no exterior. Mesmo tendo essa popularidade, as propriedades nutracêuticas do café ainda são vítimas de desinformação. No entanto, estudos recentes mostram que a bebida, se consumida com moderação, é saudável para o ser humano.

De acordo com o médico e pesquisador Luiz Antonio Machado César, do Instituto do Coração – InCor/SP, o café não faz mal à saúde se tomado em quantidades moderadas e habituais, ou seja, até quatro xícaras ao dia. Ele avalia os efeitos do café sobre variáveis que envolvem o sistema cardiovascular para saber os efeitos da bebida na pressão arterial e no coração de pacientes que já têm doenças coronárias. 

Segundo o médico, considerando os estudos recentes, não há evidências de que o café seja ruim para pessoas com problemas no coração. Os estudos vêm sendo desenvolvidos há quatro anos na Unidade Café e Coração, instalada no InCor, por meio de parceria com o Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. A pesquisa analisou o comportamento de mais de cem pessoas por meio de diferentes baterias de exames feitos periodicamente com pacientes que tomavam café.

Saiba, nesta entrevista realizada pela Embrapa Café, o que pensa Luiz Antonio sobre os benefícios do café para o coração. Ele acredita que, para diminuir o desconhecimento e o preconceito das pessoas em relação às propriedades da bebida, os resultados das pesquisas científicas e sua divulgação são excelentes aliados.

Embrapa Café: Como foi feita a pesquisa que trata dos efeitos do café sobre variáveis que envolvem o sistema cardiovascular?
Luiz Antonio: O estudo foi feito da seguinte forma: convocam-se pessoas saudáveis e pessoas com doenças coronarianas. Antes do início das análises, todos os voluntários são proibidos de ingerir cafeína durante três semanas. Então, uma bateria de exames é feita com cada paciente: testes de esteira, exame do Holter, monitoramento da pressão arterial e dosagens de sangue. Em seguida, é realizado um sorteio. Alguns pacientes são selecionados para beber café de torra clara; outros, para beber café de torra mais escura. Cada um recebe uma cafeteira com café e recebe orientações de preparo da bebida. Durante quatro semanas, cada voluntário toma de três a quatro xícaras de café por dia. Em seguida, voltam ao consultório e repetem todos os exames.

EC: O que mostram os resultados?
LA: Os resultados mostram que tomar café não faz mal. O café de torra clara tem leve tendência a aumentar a pressão arterial. Já o café de torra escura não causou nenhuma alteração na pressão. Houve discreto aumento no colesterol ruim e também no colesterol bom. Observou-se também que, depois de ingerir café, as pessoas normalmente conseguiam andar mais na esteira. Além disso, estudos epidemiológicos realizados pelo Instituto do Câncer americano avaliaram mais de 400 mil pessoas, durante o período de 20 anos. Os resultados, publicados no New England Journal of Medicine, uma das revistas de maior impacto na América, mostram que os pacientes com câncer que tinham o hábito de tomar café morreram menos do que aqueles que não ingeriam a bebida.

EC: Há alguma restrição para a ingestão de café por pessoas com problemas de hipertensão, problemas nas válvulas mitrais ou pessoas que já passaram por cirurgias cardiovasculares, como ablação e cateterismo?
LA: Não, não há nenhuma restrição, desde que a pessoa tome em quantidade habitual e que o paciente seja acostumado a tomar café. Entretanto, algumas pessoas são mais sensíveis a determinados tipos de alimento ou bebida. Há quem consuma cafeína e tenha taquicardia. Nesses casos, não é recomendado ingerir.

EC: Crianças com problemas cardíacos podem ingerir a bebida?
LA: Podem sim. Recomenda-se café com leite.

EC: O que se deve fazer para não ficar dependente do café?
LA: É normal nos acostumarmos à cafeína. Entretanto, parando de tomar por um tempo, os efeitos da dependência, como dor de cabeça, incômodo e irritabilidade, logo desaparecem. Os mesmos efeitos manifestam-se em quem toma café demais. Nesses casos, recomenda-se que a diminuição da bebida seja feita progressivamente. É possível e fácil.

Mais sobre café e saúde

Pesquisas também têm mostrado que a bebida tem ação estimulante sobre o sistema nervoso e aumenta a atenção, a concentração e a memória de curto e médio prazo, sendo recomendado inclusive para estudantes de todas as idades. Os estudos também apontam que o café pode atuar na prevenção do câncer de cólon e reto, doença de Parkinson e de Alzheimer, apatia e depressão, obesidade infantil, diabetes tipo II, cálculos biliares e câncer de fígado, além de aumentar o estado de vigília do cérebro e diminuir a sonolência. Saiba mais sobre os resultados já alcançados no site da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).


[ Fonte: Embrapa ]

ABC da agricultura familiar

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1° Simpósio Internacional de Arborização

O 1º Simpósio Internacional de Arborização de Pastagens em Regiões Subtropicais, promovido pela Embrapa Florestas, tem como objetivo estimular o debate sobre a integração da pecuária com integração de árvores e pastagens em busca de um sistema mais sustentável.
Com a crescente exportação da carne bovina, surgiu o desafio de manter o crescimento com técnicas sustentáveis, buscando a recuperação de áreas degradadas, o plantio de florestais com fins comerciais e integração lavoura-pecuária-floresta, sendo que a arborização de pastagens é um dos itens desta tecnologia. Promover uma reflexão do atual estágio de desenvolvimento sobre arborização de pastagens em regiões subtropicais e resultados obtidos e o intercâmbio de informações entre técnicos, instituições e empresas para o aprimoramento de tecnologias silvipastoris são os objetivos deste simpósio que acontece em um momento em que o saber sobre a temática encontra espaço e necessidade para ser sistematizado, debatido, conhecido.
Clique aqui para mais informações.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Projeto tenta salvar da extinção alimentos que saíram de moda

Há sete anos, Nuno Madeira, pesquisador da Embrapa Hortaliças, em Brasília, se dedica a recuperar alimentos que se perderam no tempo. Cará-moela, peixinho (ou lambari da horta), capuchinha, taioba, vinagreira, mangarito e ora-pro-nóbis estão entre as 40 espécies que compõem um projeto de preservação coordenado por ele.
Madeira comenta que a empresa, na época, decidiu fortalecer uma espécie de acervo que garante a manutenção de plantas importantes para o país.  "Nesse momento descobrimos que muitas hortaliças e raízes do passado não estavam contempladas", informa.
Segundo o pesquisador, esses alimentos são importantes para pequenos produtores e comunidades de diferentes regiões do país mesmo que não sejam mais encontrados como antigamente.
Conforme a Agência para Agricultura e Alimentação da ONU (FAO)  houve uma redução (de 10 mil para 170) do número de plantas comestíveis e usadas pelo homem nos últimos cem anos. Elas foram trocadas por outras de alta produtividade.
O próprio pesquisador começou a colaborar com a recomposição do acervo da Embrapa a partir de algumas plantas do quintal da própria casa. Madeira sempre teve interesse por essas "hortas antigas" desde quando era estudante de agronomia.
"São plantas rústicas que produzem bem em qualquer lugar e de forma quase espontânea", informa.
As mudas provenientes dos canteiros da Embrapa vão abastecer outros projetos semelhantes no país. Um deles pertence ao Polo Regional da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. Uma área de 2.000 metros quadrados abriga 20 tipos de hortaliça classificadas como "não convencionais".
"Elas correm o risco de desaparecer por terem sido substituídas por outras de maior escala e que se tornaram comuns em nossas mesas", afirma a pesquisadora Cristina Maria de Castro.
A engenheira agrônoma afirma que esses alimentos jamais estarão em quantidade nos supermercados. "Nem por isso precisamos abrir mão deles", diz. O projeto da Apta atende os pequenos produtores na região de Pindamonhangaba.

A nutricionista que preserva alimentos que se perderam no tempo

A nutricionista Neide Rigo tem o hábito de andar por São Paulo sempre de olho em ervas e hortaliças que podem ser encontradas por cantos de praças e parques da capital. Por meio da coleta delas, Neide formou canteiros de hortaliças "não convencionais" em sua casa.
"Uns crescem plantados, outros largados e alguns de teimosos", diz.  É num pequeno espaço que Rigo colhe ora-pro-nóbis, mangarito e cará-do-ar. Tem também capiçoba (folha similar ao espinafre), jambu (a erva amazonense que amortece de leve os lábios), e sementes de vários lugares.
"Tenho um interesse histórico por alimentos, e por isso eles nunca perdem a importância para mim", diz.
Por resgatar alimentos à beira da extinção, Neide Rigo já contribuiu com o restabelecimento de alguns deles pelo país. Ela mandou para a região de Garanhuns, em Pernambuco, um tipo de melão (o cruá) que estava desaparecido por lá. Uma outra vez, recebeu de um produtor um punhado de farinha de araruta, que anda sumida do mercado.
Segundo ela, o que mais se encontra é o amido (fécula) de mandioca sendo vendido no lugar da outra. "Quem conhece sabe que os biscoitos de araruta são mais leves e branquinhos", afirma.
A dedicação aos alimentos quase desaparecidos levou a nutricionista a participar da Arca do Gosto, braço do movimento internacional Slow Food, que prega a recuperação da tradição de alguns produtos em seus respectivos países.

[ Fonte: UOL ]

Exposição no Shopping Iguatemi mostra como a ciência transforma a vida

Durante sete dias, os visitantes do Shopping Iguatemi, em São Carlos (SP), terão a oportunidade de conferir a exposição “Ciência que transforma a vida”, na qual a Embrapa apresenta as principais conquistas da agricultura tropical desde sua criação, em 1973. Os grandes temas da pesquisa agropecuária brasileira poderão ser vistos no período de 31 de julho a 06 de agosto, das 10h às 22h.

Coordenada pelas duas unidades da Embrapa em São Carlos – Instrumentação e Pecuária Sudeste –, a exposição tem o objetivo de envolver a comunidade local na comemoração dos 40 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária trazendo, de forma simples, exemplos de como os produtos e tecnologias gerados nos laboratórios e campos experimentais estão inseridos no dia a dia do público urbano.

Os frutos que a pesquisa agropecuária poderá colher no futuro estarão representados em uma árvore cenográfica. As soluções da ciência brasileira para uma agropecuária sustentável serão apresentadas em uma parede formada por telas, com vídeos nos quais a Embrapa abordará doze grandes temas. Os vídeos também podem ser vistos no site Agro Sustentável (www.agrosustentavel.com.br).

A atual dimensão da empresa e sua contribuição no âmbito regional, nacional (47 unidades em todo o Brasil) e internacional (laboratórios virtuais na América do Norte, Ásia e Europa) também serão apresentadas na exposição, que já teve versões semelhantes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em Brasília (DF). O Iguatemi é o único shopping no País a receber a exposição em comemoração aos 40 anos da Embrapa.

A Embrapa em São Carlos
No interior do Brasil apenas duas cidades possuem mais de um centro de pesquisa da Embrapa e São Carlos é uma delas. Nas duas unidades trabalham 239 empregados, dentre os quais 70 pesquisadores, e mais dezenas de colaboradores, entre estagiários e bolsistas. A pesquisa realizada aqui gera resultados efetivos que extrapolam as fronteiras, levando diversas soluções para a agricultura em todo o País e até para o exterior.


[ Fonte: Embrapa ]

Simpósio aborda técnicas de plantio e manejo de eucalipto

VII SIMPÓSIO SOBRE TÉCNICAS DE PLANTIO E MANEJO DE EUCALYPTUS PARA USO MÚLTIPLOS Data: 14 a 16 de agosto de 2013 Piracicaba, SP Apoio: Painel Florestal       


VII SIMPÓSIO SOBRE TÉCNICAS DE PLANTIO E MANEJO DE EUCALYPTUS PARA USO MÚLTIPLOS
Nos dias 14 a 16 de agosto de 2013 ocorrerá o VII Simpósio “Técnicas de Plantio e Manejo de Eucalyptus para Usos Múltiplos” nas dependências da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP, em Piracicaba – SP.
O evento tem como objetivos possibilitar a aquisição e troca de informações sobre o plantio de eucalipto através de palestras e discussões, difundir os múltiplos usos da cultura de eucalipto, possibilitar o conhecimento de novas técnicas para a produção de florestas de eucalipto e otimizar os níveis de planejamento e rentabilidade do ramo florestal/agrícola.
Data: 14 a 16 de agosto de 2013
Local: Anfiteatro e Saguão do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição, da ESALQ, na Av.Pádua Dias, n° 11, em Piracicaba, SP
Coordenação:
- Prof.Dr.José Leonardo de Moraes Gonçalves
- Profa.Dra.Luciana Duque Silva
- Prof.Dr.Durval Dourado Neto
- Eng. Florestal Dr.José Carlos Arthur Junior
Realização:
- Grupo de Estudos "Luiz de Queiroz" - GELQ
- Instituto de Pesquisa e Estudos Florestas - IPEF
- Programa Temático de Silvicultura e Manejo - PTSM

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[ Fonte: Rural Centro ]

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Helicoverpa armigera: ameaça internacional, por José Fernando Jurca Grigolli

Muitos produtores estavam se programando para a safrinha 2013 e para a safra 2013/14 quando as notícias sobre uma nova praga na agricultura brasileira colocaram vários planos por terra. As reportagens de que uma praga exótica no Brasil chegou às lavouras da Bahia e devastou cultivos de algodão causaram ainda mais apreensão para os “trabalhadores do campo”, sejam eles produtores, consultores ou pesquisadores.
Como pesquisador, logo iniciei pesquisas sobre qual era a praga, de onde veio, como ela é, qual o seu potencial de dano e como podemos manejá-la. Logicamente, perguntas difíceis de serem respondidas para qualquer praga, ainda mais para uma praga recém-detectada no Brasil.
A primeira pergunta foi bem simples de ser respondida quando li um trabalho escrito por Czepak e colaboradores (2013), relatando cientificamente o primeiro registro de Helicoverpa armigera no Brasil. Para mim ficou muito claro que se tratava da tão temida praga. A busca da segunda resposta deixou evidente que a tarefa não seria fácil. Não se sabe como esta praga chegou ao país. Existem diversas teorias, como bioterrorismo e alta capacidade de migração, mas nenhuma confirmada oficialmente.
Por se tratar de uma praga nova no cenário agrícola brasileiro, e claramente com enorme potencial de dano, é essencial saber diferenciar esta de outras espécies, para realizar o controle mais eficiente. Assim, recorri novamente à literatura, quando vi o primeiro problema: a distinção entre Heliothis virescens (lagarta da maçã), Helicoverpa zea (a lagarta da espiga do milho que estamos acostumados a ver) e a Helicoverpa armigera é difícil. Mas podemos pelo menos definir qual o gênero se observarmos as pontuações pretas ao longo do corpo das lagartas, a lagarta da maçã apresenta microespinhos nas pintas, enquanto as lagartas do gênero Helicoverpa apresentam as pontuações pretas ao longo do corpo das lagartas sem microespinhos.
Esta praga é polífaga, se alimentando de diversas culturas, como algodão, soja e milho. Não há dúvidas de que Helicoverpa armigera é uma praga de altíssimo potencial de dano, sendo considerada praga-chave de diversas culturas em outros países. Na Austrália há um intenso programa de manejo de pragas em função deste inseto e nos EUA, apesar de não terem esta praga relatada oficialmente, já há uma série de estudos envolvendo as formas de controle deste inseto.
Em condições brasileiras, é possível que essa praga tenha até nove gerações por ano, evidenciando a capacidade reprodutiva e o potencial de dano de H. armigera. Pelo menos 14 Estados do Brasil estão infestados pela praga, dentre eles Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Maranhão, Piauí, entre outros (Degrande 2013, informação pessoal). Os ataques desta praga já foram relatados principalmente na cultura do algodão. No oeste da Bahia, foram observadas perdas de 15 @ ha-1 no algodão, em São Paulo 70% do feijão foi atacado por Helicoverpa armigera e em Mato Grosso do Sul foram registradas perdas de 10 a 15 @ ha-1 no algodão.
O controle desta praga passa por uma série de recomendações. O calendário de plantio deve ser rigorosamente seguido, de acordo com as recomendações para cada região. O vazio sanitário também deve ser seguido, de modo que a destruição de soja seja realizada de forma adequada. A adoção do refúgio é essencial para o controle desta praga. O uso adequado de inseticidas é uma estratégia fundamental. O nível de controle para esta praga deve ser seguido, bem como o momento de aplicar os inseticidas. Independente do produto utilizado, sua eficiência é maior quando as lagartas são pequenas (até 7 mm). Nesse aspecto, adota-se o nível de controle para a soja na fase vegetativa quatro lagartas menores que 7 mm por metro de linha ou 30% de desfolha; para a fase reprodutiva, uma lagarta menor que 7 mm por metro de linha ou 15% de desfolha. É importante ressaltar que a amostragem deve considerar, além do pano de batida, a avaliação visual das plantas em um metro de linha, pois a técnica do pano de batida pode ser ineficiente para as lagartas pequenas de H. armigera.
Quanto aos inseticidas para o controle químico de H. armigera, o único inseticida registrado para seu controle pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é o inseticida Belt® (Flubendiamida) na dose de 50 a 70 ml ha-1 para a cultura da soja. Além deste inseticida, o ato nº 15, de 14 de março de 2013 da Coordenação Geral de Agrotóxicos e Afins do MAPA, permitiu em caráter emergencial os inseticidas à base de Clorantraniliprole na dose de 50 ml ha-1; Clorfenapyr nas doses de 1,0 a 1,2 L ha-1; Indoxacarbe (dose para a soja não definida pela publicação oficial); Bacillus thuringiensis na dose de 500 g ha-1; e vírus VPN-HzSNPV (Baculovírus) na dose de 200 a 375 ml ha-1. No entanto, a Fundação MS recomenda que os produtores procurem o responsável técnico de suas lavouras para o correto uso dos inseticidas, bem como o MAPA para apoio legislativo quanto à utilização dessas substâncias.
Além das medidas de controle acima citadas, é essencial o treinamento de técnicos de campo para realizarem a correta identificação das pragas da lavoura e intensificar a amostragem nos talhões.

[ Fonte: Fundação MS in Notícias Agrícolas ]

Projeto apoiará produção de alimentos com água de chuva

A cisterna já é tecnologia bem consolidada em programas do Governo Federal e da sociedade civil, que buscam dotar os domicílios nas áreas rurais do Semiárido com uma infraestrutura básica de armazenamento de água de chuva para garantir o consumo das famílias agricultoras nos períodos de seca.

O desafio, agora, é incorporar, aos sistemas de produção de agricultores familiares atendidos pelo Plano Brasil Sem Miséria (BSM), tecnologias que captam essas mesmas águas, só que para produção de alimentos e plantas forrageiras.

Projeto com esse objetivo acaba de ser elaborado em uma oficina que reuniu na sede da Embrapa Semiárido, em Petrolina – PE, pesquisadores de 12 Unidades da empresa de pesquisa, gestores do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e profissionais de empresas contratadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para prestar assistência técnica a agricultores atendidos por esse Plano em 14 Territórios da Cidadania localizados nas áreas secas do Nordeste. Também participaram técnicos de prefeituras do Estado do Maranhão e representantes de organizações não-governamentais, como a D. Helder Câmara, no Ceará.

Estruturantes
O coordenador de Acesso à Água do MDS, Igor Arsky, explica que se pretende levar ao campo tecnologias sociais de baixo custo e de “comprovada eficiência” nos resultados agrícolas. Atualmente, com base em pesquisas realizadas na Embrapa e experiências promovidas por organizações da sociedade civil, o MDS apoia a implantação de nove delas: cisterna de placas de 52 mil litros (calçadão e de enxurrada), barragem subterrânea, barreiro-trincheira, sistema de barraginhas, tanque de pedra, bomba d’água popular, barreiro lonado, pequenas barragens/microaçudes e limpeza de aguadas.

Se ampliarmos o acesso à água, favoreceremos o fomento e a estruturação produtiva da propriedade. Se aliarmos isso a capacitações para a gestão da água, daremos um passo importante para melhorar a produção de alimentos e a renda de famílias que hoje ainda se encontram muito vulneráveis socialmente, afirma Igor.

O projeto elaborado no treinamento realizado na Embrapa Semiárido busca integrar esses vários aspectos. Segundo Suênia Cibeli Ramos de Almeida, supervisora de Articulação para Sistemas de Produção Familiar do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, a empresa de pesquisa precisou incorporar novos conceitos para atuar junto ao público atendido pelo BSM.

As equipes da Embrapa necessitavam incorporar nos projetos as vivências desses agricultores familiares que, apesar de viverem em condições fragilizadas, possuem um acervo de saberes que permitem sua sobrevivência nesses espaços por diversas gerações, explica.

Assim, ao invés de agir com base na “oferta de tecnologias”, os pesquisadores e representantes das empresas contratadas para prestar assistência técnica estabeleceram, em conjunto com os agricultores, as demandas do território. Dessa forma que, algumas delas – criação de galinha caipira, produção de manivas de mandioca e armazenamento de água de chuva para produção de alimentos –, foram reivindicadas em todos os territórios e serão tratadas em projetos com essa abrangência.

Diálogo
Além disso, aos mecanismos tradicionais de transferência de tecnologia, os projetos terão suas principais atividades desenvolvidas em torno das chamadas “Unidades de Aprendizagens” que Suênia define como um “espaço de apropriação, compartilhamento e irradiação de saberes”. Para ela, essa dinâmica envolve as comunidades e suas famílias na experimentação, adaptação e apropriação de conhecimentos e de tecnologias em processos de qualificação e formação de rede de agricultores, técnicos e pesquisadores na construção de conhecimentos. Desta forma, mobilizam-se e criam processos locais de desenvolvimento, afirma.

Essa articulação em rede, tanto para fazer a inclusão tecnológica quando para a troca de experiências e conhecimentos, “aumenta a capacidade e a oportunidade de as famílias em situação de extrema pobreza plantarem e colherem mais e melhor. Esse é o nosso maior desafio e o nosso compromisso primeiro, garante Suênia.

Igor considera “chave” a participação da Embrapa no Brasil Sem Miséria. A empresa de pesquisa é “fundamental” na multiplicação e irradiação de conhecimentos, e ainda na qualificação de uma assistência técnica e extensão rural (Ater) apropriada para o plano do Governo Federal. Isto dará um grande impulso para que outros dois programas do MDS – Inclusão Produtiva Rural e Superação da Extrema Pobreza e Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais – alcancem maior efetividade.

Do universo de 253 mil famílias a serem atendidas até 2014 pelo Plano Brasil Sem Miséria, a pretensão é fazer o programa de fomento alcançar cerca de 30 mil famílias que já possuem uma tecnologia social de acesso à água para produção. E essas 30 mil famílias, atendidas pela Ater, receberão ainda R$ 3 mil em recursos não reembolsáveis em parcelas e prazos a serem definidas pelo Grupo Gestor do Programa.

As doze Unidades da Embrapa que enviaram pesquisadores e técnicos para participares da Oficina foram: Semiárido, Agroindústria Tropical, Algodão, Caprinos e Ovinos, Cocais, Mandioca e Fruticultura, Meio Ambiente, Meio Norte, Milho e Sorgo, Solos-UEP/Recife, Tabuleiros Costeiros e Informação Tecnológica. Das empresas e ONGs contratadas pelo MDA estiveram presentes: Consulplan/PB, IPA/PE, Chapada/PE, Caatinga/PE, EBDA/BA, EMDAGRO/SE, MMT/AL, Ematerce/CE, CODESAOP/RN, dentre outras.


[ Fonte: Embrapa ]

MIP para controlar Helicoverpa armigera e mosca-branca

Responsável por 63,25% de toda a produção de algodão no Brasil e 40,81% do total de grãos aqui produzidos, sendo 20,84% da produção de feijão, o Centro-Oeste tem importância vital no equilíbrio econômico do País. E esse fator torna o momento da agricultura da região e de todo o Bioma Cerrado em um grande desafio para produtores e para a pesquisa brasileira, dado aos ataques de insetos nocivos à atividade agrícola.
Os surtos populacionais de Helicoverpa armigera, principal praga da cultura do algodão na Austrália, África e Ásia, e que aparece agora já em 21 estados brasileiros, e a mosca-branca ou Bemisia tabaci, já conhecida dos pesquisadores do País, transmissora do vírus do mosaico dourado, que assola lavouras de feijão, se não controlado, são duas das principais pragas a serem combatidas nesse caso.
Considerada quarentenária, nomenclatura atribuída a pragas que não são originariamente do País, a Helicoverpa armigera é de difícil manejo e apresenta grande capacidade de resistência a inseticidas utilizados em seu controle. Em função das condições climáticas favoráveis que encontrou no País e de sua grande capacidade de dispersão a longas distâncias, a praga já se tornou o maior problema fitossanitário das principais culturas de verão de todas as regiões produtoras do Brasil.
Quanto à mosca-branca, além do alto potencial reprodutivo (uma fêmea pode colocar até 300 ovos), ela se alimenta de mais de 600 plantas e a gama de hospedeiras tem aumentado no decorrer do tempo, fato atribuído, entre outras razões, ao uso de práticas agrícolas de monocultivo irrigado. Em decorrência da alta incidência da praga na cultura do feijoeiro comum, bem como sua alta população nas lavouras de soja de sequeiro, de algodão, tomate e hortaliças, nas regiões no Distrito Federal, Goiás e Noroeste de Minas Gerais, a Embrapa Arroz e Feijão recebeu solicitação de técnicos representantes do setor produtivo de diferentes instituições ligadas ao setor agrícola, para criação de um Grupo de Trabalho, com o objetivo de estabelecer diagnóstico técnico e propor ações e providências para a convivência e controle da mosca-branca no sistema produtivo.
A solução proposta para o momento é o Manejo Integrado de Pragas – MIP, uma tecnologia desenvolvida em parceria pela Embrapa e outras instituições, que adota uma série de técnicas contra insetos nocivos às lavouras, dentre os quaisHelicoverpa armigera e mosca-branca. As estratégias de MIP incluem o controle biológico, controle cultural, controle genético (resistência de plantas a insetos), controle comportamental e controle químico.
Especificamente para a redução populacional da H. armigera, segundo José Ednilson Miranda, entomologista do Núcleo do Cerrado da Embrapa Algodão, que atua na Embrapa Arroz e Feijão, essas diversas estratégias devem ser adotadas em todas as lavouras de cada região produtora. “A adoção plena do Manejo Integrado de Pragas é condição sine qua non para a redução populacional dessa e de outras pragas-chaves das culturas, de modo que a produção agrícola da região continue sendo economicamente viável”, afirma Miranda.
Segundo a entomologista, pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Eliane Quintela, nuvens da mosca-branca têm sido observadas no Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraná, Mato Grosso e Goiás. Na safra 2012/13, nessas regiões, os danos causados pelo inseto atingiram 69% da produção, com R$1,7 bilhões de perdas no feijoeiro e soja. “Foram estabelecidas várias ações emergenciais para o manejo integrado da mosca-branca, com ênfase no vazio sanitário para o feijoeiro comum, que ficou estabelecido para o Distrito Federal e os municípios do Noroeste de Minas Gerais”, informa Eliane Quintela. Os municípios mineiros incluídos na ação foram: Arinos, Bonfinópolis de Minas, Brasilândia de Minas, Buritis, Cabeceira Grande, Chapada Gaúcha, Dom Bosco, Formoso, Guarda-Mor, João Pinheiro, Lagoa Grande, Natalândia, Paracatu, Riachinho, Unaí, Uruana de Minas, Urucuia e Vazante.
O MIP considera a utilização de todas as técnicas agronômicas adequadas para reduzir as populações de praga e mantê-las em níveis abaixo daqueles que causam dano econômico. Essa filosofia visa garantir a sustentabilidade da cultura ao longo dos anos, a diminuição do custo e o aumento da qualidade da produção. Pelo MIP, é fundamental que os técnicos das fazendas tenham noções de biologia, ecologia e comportamento das pragas. Aliados a esses conhecimentos, a interpretação da situação fenológica e nutricional das plantas e sua interação com as condições do ambiente fornecem subsídios para a tomada de decisão no controle das populações de insetos-praga. O monitoramento eficiente e constante da lavoura é fator determinante para que as várias estratégias de controle possam ser utilizadas em tempo hábil.
Técnicas adotadas no MIP
Entre as medidas de controle biológico, destacam-se a preservação do complexo de inimigos naturais presentes no agroecossistema (controle biológico natural), por meio do uso criterioso de inseticidas seletivos, e liberações inundativas de inimigos naturais nas lavouras (controle biológico aplicado).
Para as ações de controle cultural, destaca-se a observação, em caráter obrigatório, de período de ausência de hospedeiros da praga, os chamados vazios sanitários. Ações nesse sentido estão previstas para o algodão, no segundo semestre de 2013 e início de 2014, em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal.
Já o controle comportamental consiste na utilização de dispositivos com feromônios específicos para o monitoramento da chegada da praga nas lavouras, auxiliando na tomada de decisão de seu controle.
Finalmente, o controle químico, que deve ser utilizado com critério, somente após a observação de níveis populacionais que causem dano econômico, rotacionando-se grupos químicos e utilizando-se produtos seletivos aos inimigos naturais.

[ Fonte: Dia de Campo ]

Versão em português do Guia de Boas Práticas na Pecuária de Leite (FAO e IDF/2011)

Produtores e técnicos de extensão rural já podem ler a versão em português do Guia de Boas Práticas na Pecuária de Leite (Guide to good dairy farming practice, FAO and IDF/2011), da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a International Dairy Federation (IDF). Trata-se da segunda edição, revisada, do guia lançado originalmente em 2004. A tradução foi feita por Alessandro Guimarães, Letícia Mendonça e Nívea Vicentini, da Embrapa Gado de Leite, e por José Renaldi Brito, pesquisador aposentado da Empresa.

Dentre as publicações internacionais, o Guia é a principal fonte de informação sobre Boas Práticas Agropecuárias (BPA) para a pecuária de leite. Aborda os temas saúde animal, higiene na ordenha, nutrição, bem-estar animal, meio ambiente e gestão socioeconômica.

O foco do Guia de Boas Práticas na Pecuária de Leite não são ações normativas, mas os resultados que podem ser obtidos em diferentes sistemas de produção para obter um leite seguro e adequado, satisfazendo as mais altas expectativas da indústria de alimentos e dos consumidores. Ao mesmo tempo, tem em vista a necessidade de a propriedade rural se manter viável nos aspectos econômico, social e ambiental.

Segundo Letícia Mendonça, "as orientações sobre estes assuntos são colocadas em prática na Embrapa, servindo de base para os projetos de boas práticas agropecuárias nos campos experimentais.

Clique aqui para fazer o download da publicação.

Projeto incentiva quintais orgânicos de frutas

O Projeto Quintais é desenvolvido desde 2004 pela parceria entre Eletrobrás CGTEE / Embrapa / FAPEG, privilegia técnica e conceitualmente, os princípios da produção orgânica e busca contribuir para a segurança alimentar e ambiental de comunidades carentes em áreas rurais e urbanas, voltado principalmente para agricultores familiares, comunidades quilombolas, indígenas e escolas do campo e cidade. Clique aqui e conheça o projeto.

Patentes depositadas na ESALQ

A Universidade de São Paulo (USP) é uma das líderes em depósitos de pedido de patente no Brasil, possuindo atualmente mais de 900 pedidos nacionais junto ao INPI e mais de 100 depósitos de patentes em outros países. A Agência USP de Inovação atua como agente disseminador do conhecimento da proteção à Propriedade Intelectual desenvolvida na Universidade, levando suporte aos pesquisadores, auxiliando nas definições e realizando as melhores práticas para a proteção no Brasil e exterior.

Ao incentivar seus pesquisadores a proteger suas pesquisas, a USP busca garantir uma fonte permanente de novos conhecimentos e criação de tecnologias que favoreçam a Sociedade.

Diversos eventos estão previstos no planejamento anual da Agência com esta finalidade, dentre eles destacamos: V Semana USP de Propriedade Intelectual e Inovação, a ser realizada de 12 a 16 de agosto deste ano, na qual por meio de palestras, workshops e debates serão discutidos vários temas relacionados à inovação; Olimpíadas USP de Inovação 2013, uma competição que tem como objetivo, estimular, reconhecer, apoiar e divulgar as atividades de inovação tecnológica do Estado de São Paulo e será realizada este ano entre os meses de junho a novembro.

Ainda, em novembro, a Agência USP de Inovação e a Fundação Instituto Polo Avançado da Saúde, FIPASE, estão organizando a 4ª edição do evento internacional BIN@TM, em Ribeirão Preto, nos dias 12, 13 e 14 de novembro. Para mais informações sobre estes e outros eventos, basta acessar: http://www.inovacao.usp.br/eventos/index.php.

Dando continuidade ao nosso trabalho de divulgação iniciado no ano passado até dezembro de 2012, apresentamos anexos, os números relativos a patentes geradas por sua unidade e na USP. Contamos com vosso apoio divulgando e estimulando os pesquisadores.

Campus “Luiz de Queiroz” – Na USP em Piracicaba, a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) e Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) são responsáveis por 36 patentes até o início de 2013, sendo 30 da ESALQ e 6 do CENA. Os processos referentes à ESALQ registram projetos nas áreas de Agroindústria, Alimentos e Nutrição, Ciência do Solo, Ciências Florestais, Economia Doméstica, Engenharia Rural, Engenharia de Biossistemas, Fitopatologia, Genética, Produção Animal e Zootecnia.

Cada patente tem um prazo de vigência de 20 anos para invenção ou 15 anos para modelo de utilidade. A validade passa a contar da data do depósito para aqueles realizados a partir de 1996. Das patentes esalqueanas, até o final de 2012, duas constam com status de domínio público (com vigência expirada, pedido indeferido ou desistência do pedido), 18 estão sob análise do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e outras sete estão sob sigilo.


[ Fonte: USP/ESALQ ]