segunda-feira, 24 de junho de 2013

13° Siconbiol: Prazo para envio de trabalhos encerra dia 1 de julho

O controle biológico é fundamental para a sustentabilidade porque reduz o uso de inseticidas, de resíduos tóxicos nos alimentos, na água e no solo, e diminui o risco de surgimento de pragas resistentes. Tudo isso será tratado, em setembro, no 13º Simpósio de Controle Biológico, que este ano acontece na cidade de Bonito. Trabalhos podem ser enviados até dia 1º de julho. 

[ Fonte: Embrapa ]

terça-feira, 18 de junho de 2013

Novas variedades obtêm registro junto ao Mapa


O Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), o braço tecnológico da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), conseguiu o registro de duas cultivares geneticamente modificadas junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A aprovação é um passo importante para se obter a multiplicação dessas novas variedades e sua possível disponibilização aos produtores de algodão de Mato Grosso para a safra 2013/14.
A notícia da inclusão das variedades desenvolvidas pelos pesquisadores do IMAmt no Registro Nacional de Cultivares do Mapa foi recebida com entusiasmo pela direção do instituto, já que elas contém genes que conferem tolerância a lagartas-pragas do gênero Helicoverpa spp, utilizados com sucesso na Austrália no controle da Helicoverpa armigera, que está atacando lavouras de algodão de vários estados, entre eles, Mato Grosso.
As duas variedades que conseguiram o registro são a IMA 5672B2RF e a IMA 5675B2RF e ambas contém as tecnologias Bollgard II e Roundup Ready Flex, que são tecnologias de segunda geração da Monsanto, caracterizando-se como cultivares de algodão geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante ao herbicida glifosato.
"Com esse registro, teremos autorização do governo brasileiro para a importação de quantidade significativa de sementes genéticas que estão prontas nos Estados Unidos e assim conseguir multiplicar em maior quantidade,  disponibilizando rapidamente aos produtores. Estamos correndo contra o tempo para conseguirmos ter sementes para comercialização nesta próxima safra", afirmou o diretor executivo do IMAmt, Alvaro Salles.
Ele explicou que as cultivares registradas são precoces e devem se encaixar muito bem no sistema de plantio de algodão em Mato Grosso, podendo ser plantadas em janeiro.  O plantio de algodão em Mato Grosso geralmente é iniciado em 1º de dezembro, após o fim do período obrigatório de vazio sanitário.  Os produtores estão iniciando este mês a colheita da safra 2012/13.

[ Fonte: Dia de Campo ]

Sistema integra informações sobre pragas no mundo


Um sistema integrado de banco de dados desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária para o Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), busca facilitar os processos de análises de risco de pragas que atacam os produtos vegetais. O BD Pragas e o WikiPragas gerenciam os dados levantados, em nível mundial, das pragas associadas às principais culturas de interesse do agronegócio brasileiro.
A importação de produtos vegetais que são potenciais disseminadores de pragas é normatizada pela Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais (CIPV), a qual está vinculada ao Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS, na sigla em inglês) da Organização Mundial do Comércio (OMC). As Análises de Risco de Pragas (ARP) são procedimentos legais aprovados por todos os países integrantes da CIPV, e nacionalmente executadas pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária do País.
Os objetivos são conhecer o risco de introdução de pragas perigosas associado à importação de produtos vegetais e indicar medidas para baixar o risco a um patamar aceitável, considerando o nível adequado de segurança adotado pelo País. Essa ação é importante para impedir a entrada de pragas exóticas que podem causar prejuízos econômicos e comprometer a sanidade de algum produto vegetal cultivado em território brasileiro, além de favorecer a conquista de novos mercados.
O aumento das transações do comércio exterior provocou grande demanda por essas análises, de acordo com o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária Carlos Meira, um dos desenvolvedores do sistema. Assim, o gerenciamento informatizado dos dados visa agilizar a elaboração das ARP, além de facilitar a atualização e a consulta das informações. Ele explica que quando se importa um produto vegetal pela primeira vez ou de um novo local, é necessário identificar todas as pragas que atacam aquele produto e que ocorrem no país de origem.
De acordo com o chefe da Divisão de Análise de Risco de Pragas do DSV, Jefé Leão Ribeiro, o levantamento das informações sobre as pragas é etapa mais demorada e representa cerca de 90% do trabalho de um processo de análise de risco de pragas. Por isso, com as informações organizadas, o sistema vai permitir tomar decisões de forma mais ágil. “Essa base de dados está sendo expandida com o trabalho da equipe do DSV. A nossa expectativa é ter um banco bem robusto que possibilite a rápida tomada de decisão”, complementa.
O BD-Pragas gerencia dados de catalogação, tais como nome científico da praga, hospedeiros, países em que ocorre e partes vegetais afetadas. Já o WikiPragas é um módulo que integra o sistema e possui fichas detalhadas das pragas com potencial quarentenário, incluindo aspectos da biologia, inspeção e detecção, impactos e medidas de controle e mitigação. Estão catalogadas cerca de 3.300 pragas e mais de 400 destas possuem fichas.
O wiki usa uma ferramenta de edição chamada MediaWiki, a mesma da enciclopédia de conteúdo colaborativo Wikipedia, e permite o trabalho coletivo entre os agentes e pesquisadores ligados à área de proteção fitossanitária no País. “Ele possibilita a contribuição de várias pessoas e evita a duplicidade de esforços”, afirma Meira. As informações são organizadas em categorias e podem ser consultadas de diversas formas, como grupos de pragas que atacam as espécies frutíferas, poáceas, ornamentais, leguminosas e oleaginosas, sinonímias, presença no Brasil, entre outras.
O projeto recebeu auxílio financeiro do Fundo Setorial do Agronegócio - CT-Agro, que repassou os recursos por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o qual também apoiou outras pesquisas nessa temática conduzidas por diversas instituições públicas nacionais que integraram uma Rede de Análise de Riscos de Pragas voltada ao levantamento de informações de pragas por grupo de cultura. A coordenação foi da Embrapa Informática Agropecuária e os grupos tiveram como responsáveis a Embrapa Recursos Genéticos (Brasília, DF), a Universidade de Brasília (UnB), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

[ Fonte: Dia de Campo ]

Embrapa apresenta em Dia de Campo sistema de Produção de Mandioca e Novas Variedades de Milho para o Amazonas


Novas variedades de milho recomendadas pela Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM) e orientações sobre Sistema de Produção de Mandioca em terra firme serão apresentadas aos produtores rurais para cultivo em terra firme e várzea no Amazonas, no Dia de Campo que será realizado nesta terça-feira, dia 18 de junho de 2013, das 8h às 12h, na Fazenda Águas Claras, Km 63, Rodovia AM-070, margem direita - Manacapuru, AM.
Essas tecnologias (novas cultivares e sistemas de produção) a serem apresentadas no Dia de Campo respondem a diversos problemas relacionados à baixa produtividade de milho e mandioca no Amazonas, proporcionando aumento de produtividade nas condições de clima e solo do Estado, e também maior segurança alimentar, pois se trata de alimentos importantes na dieta alimentar da região e que vêm sendo importados para completar o abastecimento do Amazonas.  Além disso, são alternativas tecnológicas que contribuem para a conservação ambiental pelo seu potencial de produzirem mais ocupando proporcionalmente as mesmas áreas de plantio, não sendo necessária a abertura de novas áreas para aumentar a produção.
As novas variedades de milho recomendadas para o Estado são a BRS Caimbé e BRS 4103, e foram avaliadas em quatro ambientes do Amazonas, nas safras de 2011/2012 e 2012/2013, tanto em várzea quanto em terra firme, pela  Embrapa Amazônia Ocidental. O pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Inocencio Junior de Oliveira, informa que os resultados mostraram que as novas variedades têm produtividade 20% a 25% maior que as variedades atualmente cultivadas no Estado.  Isso representa que com as novas variedades de milho estima-se uma produtividade de 4,5 a 5 toneladas por hectare, em grãos de milho seco. Para o milho verde, pode-se colher 40.000 espigas comerciais por hectare (ha). Considera-se “espigas comerciais” aquelas em bom estado e com tamanho maior que 15 cm de comprimento e 3,5 de diâmetro.
O pesquisador ressalta que a necessidade de melhorar o nível tecnológico da cultura do milho no Amazonas é urgente. O Estado apresenta uma das produtividades médias mais baixas do Brasil, o que acarreta grandes perdas de divisas devido ao aumento da demanda interna e ao elevado custo de importação desse cereal de outros estados. O Amazonas produz apenas 36 mil toneladas de milho em 14,4 mil hectares, obtendo uma produtividade de 2,5 toneladas por hectare, valor abaixo da média da região Norte (2,9 toneladas por hectare) e do Brasil (cinco toneladas por hectare).
As causas para a baixa produtividade são várias, entre elas se destaca o uso de cultivares com baixo potencial produtivo, deficiência na disponibilidade de água e nutrientes no solo, manejo incorreto do solo e utilização inadequada de alguns aspectos fitotécnicos, como época e densidade de semeadura. Muitos desses problemas podem ser contornados com as alternativas apresentadas a partir dos resultados das pesquisas da Embrapa, que serão expostos no Dia de Campo. Como exemplo, nas pesquisas realizadas na Embrapa Amazônia Ocidental, as novas variedades de milho em várzea amazonense renderam a produtividade de seis toneladas por hectare e em terra firme de cinco toneladas por hectare.
O local onde será realizado o Dia de Campo conta com unidades demonstrativas de produção de milho e de mandioca, adotando as tecnologias recomendadas pela Embrapa.  O pesquisador Inocencio Oliveira vai apresentar as novas cultivares, seu desempenho e todo o processo como foi conduzido o cultivo para se obter os resultados esperados, que envolve desde o preparo do solo, a época de plantio, adubação, controle de plantas daninhas e pragas, adubação de cobertura e orientações de colheita de milho-verde e milho em grãos.
Em relação à mandioca, o pesquisador Miguel Dias vai apresentar informações sobre preparo do solo, calagem, cultivares, adubação de plantio, controle de plantas daninhas, adubação de cobertura, épocas de colheita, qualidade da raiz e armazenamento de maniva semente.
O pesquisador destaca que a mandioca é uma cultura muito importante no Amazonas, pelos seus aspectos econômicos e principalmente sociais, dada a sua capacidade de fixação do homem no campo.  Embora a mandioca se adapte bem às condições de clima e solo da região, ainda assim são necessários conhecimentos técnicos e orientações tecnológicas para melhorar a produção em bases mais sustentáveis.  Atualmente a produção de mandioca é insuficiente para atender a demanda de farinha no Estado, que é o principal produto da mandioca no Amazonas.  A média do consumo de farinha de mandioca por pessoa no Estado é de cerca de 58/kg/habitante/ano. Por não produzir o suficiente para atender sua demanda, o Amazonas importa cerca de 24 mil toneladas de farinha para seu abastecimento. 
Em relação à mandioca, a Embrapa tem disponíveis tecnologias como sistema de produção de mandioca e cultivares tanto para áreas de várzea quanto de terra firme, que permitem alcançar produtividades de até 33 toneladas de raiz por hectare, três vezes acima da média regional, que é de 8 a 10 toneladas por hectare. Destacam-se também técnicas de plantio adensado como método de multiplicação de maniva/semente.
O Dia de Campo é realizado pela Embrapa Amazônia Ocidental, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário de Florestal do Amazonas (Idam), Prefeitura de Manacapuru e Fazenda Agrotec. 
Os interessados em participar podem comparecer diretamente ao local, às 8h, de terça (18/06/13), na Fazenda Águas Claras, Km 63, da Rodovia AM-070, margem direita, município de Manacapuru.

[ Fonte: Dia de Campo ]

sábado, 15 de junho de 2013

Manejo e conservação do solo e da água no contexto das mudanças ambientais

Livro para baixar: o uso intensivo e inadequado da terra em áreas frágeis promove fenômenos como a desertificação no Nordeste, o assoreamento do Pantanal e a arenização na região Sul do Brasil. Buscar soluções alternativas para o desenvolvimento de sistemas agrícolas mais sustentáveis é fundamental para evitar esse tipo de dano. Faça o download aqui.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Adubação verde na canavicultura orgânica

A adubação verde, ou seja, a utilização de plantas visando a proteção do solo com a melhoria da qualidade física, química e biológica do mesmo, é uma das saídas para os produtores rurais que resolveram investir em culturas orgânicas. Isso não é diferente no caso da canavicultura. Mas é importante ficar atento a algumas medidas específicas para a cultura orgânica. Segundo Arminda Moreira, pesquisadora da Embrapa Cerrados, para serem usadas nesse tipo de adubação, é importante que as plantas de cobertura não compitam com a cultura da cana-de-açúcar.

— Já as características dependem do sistema, ou seja, se as plantas são utilizadas em consórcio ou em rotação. Se o sistema utilizado for o consórcio, a preocupação com a não competição é básica. As plantas não devem ter crescimento rápido ou hábitos como subir na cana-de-açúcar — afirma a pesquisadora.
Quando o assunto é a cana orgânica, Arminda conta que um dos aspectos fundamentais é a não utilização de herbicidas. Portanto, as plantas de cobertura devem ser bastante eficientes no controle de invasoras. Além disso, é necessário também que elas tenham eficiência para fixar o nitrogênio do ar atmosférico e que favoreçam a ciclagem dos outros nutrientes.

— Algumas plantas possuem características que indicam seu bom potencial para uso em sistemas com cana, entre elas o Feijão-bravo-do-Ceará, a crotalaria Anagiroide e a leguminosa Tefrósia cândida — diz.
 
Ainda de acordo com a pesquisadora, o uso de fertilizantes químicos e herbicidas para o controle de plantas daninhas é proibido na cultura da cana orgânica. Por isso, o uso de plantas de cobertura é uma forma biológica de controlar plantas daninhas e de incorporar nitrogênio e outros nutrientes no solo.


— Na hora do manejo, um dos principais cuidados que os produtores devem ter é não deixar que essas plantas produzam sementes, que essas sementes caiam no solo e venham a germinar de forma que se torne difícil seu controle. Portanto, o controle e colheita dessas sementes no tempo correto são importantes — orienta Arminda.
Além disso, ela afirma que as plantas devem ser manejadas de forma a não competir com a cultura principal, a cana-de-açúcar. Para isso, as podas, a colheita de sementes e o corte das plantas devem ser feitos no momento correto.

— Essa é uma prática muito antiga, utilizada antes de Cristo, mas não é tão disseminada exatamente pelas limitações citadas anteriormente que envolvem custos, mão-de-obra e cuidados adicionais. Mas os benefícios também são inúmeros. Então, deve ser feita uma relação custo-benefício, tanto do ponto de vista econômico como de trabalho, para chegar à conclusão se vale a pena ou não utilizar a adubação verde — conclui a pesquisadora.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Cerrados através do número (61) 3388-9898.

[ Fonte: Dia de Campo ]

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Embrapa abre acesso à biblioteca de dados geoespaciais

A Embrapa acaba de abrir ao público geral o acesso à Biblioteca Geoespacial, sistema de armazenamento e de consulta de conteúdo geoespacial produzido e administrado pela Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP).
O modelo conceitual foi desenvolvido pela pesquisadora Margareth Meirelles, da Embrapa Solos (Rio de Janeiro).
“Trata-se de um instrumento de apoio à execução de projetos que envolvem dados geoespaciais para troca e disposição dessas informações, que são armazenadas e distribuídas na forma de arquivo de documentos, vetorial, raster, SigWeb ou mapa digital”, disse Sandro Pereira, analista em geoprocessamento da Embrapa Meio Ambiente e administrador da Biblioteca.
A Biblioteca Geoespacial conta com um servidor de dados onde são registrados os metadados de cada informação armazenada e tem interfaces gráficas para consulta ao conteúdo e para armazenar novas informações.
O acesso para consulta e download na área pública é livre para qualquer usuário, cadastrado ou não. Já na área privada o usuário, de acordo com os privilégios recebidos dos administradores, pode cadastrar dados, incluir notícias e atalhos para outros endereços.
Também são disponibilizados outros endereços da internet, de outros repositórios de dados e de informações geoespaciais. Além disso, é possível acessar outros projetos da Embrapa Meio Ambiente ou de parceiros.
O sistema pode ser acessado em português, inglês ou espanhol. A consulta ao conteúdo cadastrado pode ser por atributos de identificação do arquivo ou por projeto, sendo necessário somente se cadastrar.
A adaptação do programa da biblioteca para o ambiente institucional da Embrapa Meio Ambiente foi consolidada em parceria com o Programa Marco de Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos da Bacia do Prata.
Mais informações: http://geo.cnpma.embrapa.br

[ Fonte: Dia de Campo ]

Ciclo de palestras sobre fruticultura dá enfoque no cultivo de abacate

Promovido pela CATI de Limeira, evento acontece no dia 21 de junho, em Arara, SP

Demonstrar as potencialidades da cultura do abacate como opção de renda, as tecnologias adequadas e as políticas públicas disponíveis são os objetivos do II Ciclo de Palestras sobre Fruticultura que acontece no dia 21 de junho, a partir das 13 horas, no município de Araras.
O evento é uma realização da CATI Regional de Limeira, que abrange quatorze municípios, em parceria com a ESALQ/USP e com a Prefeitura Municipal de Araras. A cadeia produtiva do abacate tem significativa importância econômica para pequenos e médios produtores da região. Em Araras são 170 hectares e em Cordeirópolis 117 ha, cujos produtores têm na cultura uma alternativa rentável para diversificação.
A programação inclui palestras sobre linhas de crédito disponíveis para produtores de abacate, implantação do pomar de abacateiro e os principais tratos culturais.
O Ciclo de Palestras é direcionado a produtores de abacate, organizações rurais e profissionais do setor. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no dia e local do evento. Informações adicionais podem ser obtidas através dos telefones (19) 3441-8026 0u 3441-8051.


Evento
II Ciclo de Palestras sobre Fruticultura: Cadeia Produtiva do Abacate
Data: 21 de junho de 2013
Horário: 13 horas
Local: Auditório do Centro Cultural de Araras (antiga estação da FEPASA), Avenida Ângelo Franzini, Jardim dos Ipês, Araras, SP

[ Fonte: Dia de Campo ]

terça-feira, 11 de junho de 2013

Pesquisa avalia indicador de sustentabilidade agrária desenvolvido na Suíça


A sustentabilidade ganha cada vez mais notoriedade. A procura pelo desenvolvimento sustentável está permeando todas as áreas de produção do planeta. No que diz respeito à agricultura, foi desenvolvido pelo Colégio Suíço de Agricultura a metodologia RISE. A ferramenta é voltada para propriedades agropecuárias, aplicável nos diversos setores do agronegócio.

Para avaliar e garantir a eficácia do método suíço, de aplicação de indicadores de sustentabilidade, a economista Alice Aloísia da Cruz desenvolveu, no mestrado realizado no Programa de Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), um estudo sobre a ferramenta que, de acordo com a autora, poderá no futuro ser utilizada pelo agropecuarista brasileiro.

O trabalho teve orientação de João Gomes Martinez Filho, docente do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES) e, segundo a pesquisadora, este método já foi aplicado em vários países como, México, China, Nova Zelândia, Venezuela e no Brasil. “Não havia nenhuma pesquisa divulgada sobre a aplicação deste método no Brasil até então”, comenta Alice, lembrando que a pesquisa foi realizada em parceria com a Dairy Partiners Americas (DPA), joint venture entre a suíça Nestlé e a neozelandesa Fonterra, durante as aplicações nas propriedades fornecedoras de leite para a empresa.

Com o objetivo de divulgar este indicador no Brasil, a economista teve como base para o trabalho as revisões bibliográficas sobre o assunto e as informações disponibilizadas pela empresa sobre as 10 aplicações realizadas no país. Na prática, o método consiste na aplicação de um questionário com cerca de 600 perguntas. Coletada estas respostas, os indicadores consideram três dimensões: econômica, ambiental e social. “Esta etapa deve ser realizada com uma pessoa que conheça a propriedade em todos os seus aspectos. Se aplicado com uma pessoa que não esteja inteirada sobre o funcionamento da propriedade, a etapa de coleta pode levar de dois a três dias”, afirma.

A segunda etapa é o que Alice denomina determinação de faixas de sustentabilidade. As respostas do questionário são computadas por meio de um software do Colégio Suíço de Agricultura, ainda não liberado para os produtores, que gera médias entre 10 parâmetros diferentes da propriedade, uma pontuação. “Estas faixas são compostas por diferentes pontuações. Abaixo de 33, a sustentabilidade está em nível problemático. De pontuação 34 a 66 significa que a propriedade está em um nível crítico. A partir de 67, o nível é considerado positivo, e a pontuação 100 representa o nível mais alto de sustentabilidade”, explica.

Na conclusão, o estudo reforça que, apesar da metodologia precisar de alguns ajustes, ela já é considerada muito boa para o agricultor. Acrescenta ainda que, como foi aplicado em países diferentes, o indicador garante a comparação da sustentabilidade na agricultura em várias partes do mundo. “O RISE capta informações relevantes e pontos de vista interessantes e poderá ser empregado tanto para grandes propriedades quanto para o pequeno produtor. Hoje em dia a pressão social no que se refere à aplicação de práticas sustentáveis é muito grande e logo o consumidor vai procurar seus produtos em função da sustentabilidade. Então empregar ferramentas como o RISE acabará se tornando um diferencial para o próprio produtor”, conclui.


[ Fonte: USP/Esalq ]

Evento em Rio Brilhante contará com palestra de Antonio Luiz Fancelli


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Suplementação alimentar no período seco evita prejuízos na pecuária



No período de estiagem, entre junho e setembro, a baixa disponibilidade de forragem no pasto prejudica o desempenho de bovinos, resultando em perda de peso, declínio acentuado da produção de leite, diminuição da fertilidade e enfraquecimento geral do rebanho. Para manter a nutrição adequada dos animais, a suplementação alimentar é fundamental. Entre as alternativas para assegurar um melhor padrão alimentar durante esse período, e que apresentam maior praticidade e economicidade, estão a utilização de capineiras, dos “bancos-de-proteína”, da cana-de-açúcar + ureia e do diferimento de pastagens.

Capineiras
O capim-elefante, devido ao fácil cultivo, elevada produção de matéria seca, bom valor nutritivo, resistência a pragas e doenças, além da boa palatabilidade, tem sido a forrageira mais usada para a formação de capineiras. “Em geral, um hectare de capineira bem manejada pode fornecer forragem para alimentar de dez a 12 vacas durante o ano”, diz o pesquisador da Embrapa Rondônia, Claudio Townsend. Apesar de a capineira fornecer alta produção de forragem durante o período seco, apresenta maior rendimento durante o período chuvoso. “Se neste período a capineira não for manejada, a gramínea ficará passada e com baixo valor nutritivo, ou seja, muita fibra e pouca proteína e digestibilidade, o que compromete a produtividade animal”, informa.


“Bancos-de-proteína”A utilização de leguminosas forrageiras é uma alternativa viável, especialmente no período seco, por apresentarem alto teor proteico, melhor digestibilidade e maior resistência ao período seco. Os “bancos-de-proteína” são piquetes com cultivo exclusivo de uma leguminosa, que serão pastejados durante um período restrito (três a quatro horas por dia) por vacas em lactação, ou outra categoria animal. Para as condições de clima e solo da Amazônia Ocidental, as leguminosas recomendadas são amendoim-forrageiro, guandu, leucena, pueraria, desmódio, centrosema, estilosantes e calopogônio.

Cana-de-açúcar + ureiaA cana-de-açúcar é uma cultura permanente, de fácil implantação e manejo, além de baixo custo de produção. “A cultura pode atingir rendimentos de até 120 toneladas de matéria verde por hectare, através de cortes realizados a cada 12 a 18 meses, coincidindo com o período seco, de junho a setembro, suficientes para suplementar até 30 vacas em produção”, informa Townsend. A mistura cana-de-açúcar mais a ureia - ingredientes que são fonte de energia e proteína - é um suplemento alimentar para o gado bovino. Melhores resultados, com o uso da cana mais ureia, são alcançados desde que exista pastagem com boa disponibilidade de forragem, ou seja, bastante pasto seco.

Diferimento de pastagensO diferimento ou reserva de pastos (feno-em-pé), durante a estação chuvosa, é uma alternativa para corrigir a defasagem da produção de forragem durante o ano. A prática consiste em suspender o acesso ao pasto durante parte do período vegetativo do mesmo (vedar o pasto), para favorecer o acúmulo de forragem que será usada durante a época seca. O uso desta técnica deve ser bem planejado para que a área diferida não corra o risco de ser um foco de incêndio. É uma prática indispensável quando se pretende utilizar a misturas múltiplas como suplementação a campo.
A adoção de qualquer uma dessas estratégias de suplementação alimentar requer planejamento detalhado, partindo-se do conhecimento prévio das condições edafoclimáticas (clima e solo), do potencial produtivo das pastagens, das necessidades nutricionais do rebanho que ocorrem na propriedade, além das condições de mercado de produtos e insumos.
Mais informações podem ser obtidas através do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) da Embrapa Rondônia: telefone: (69) 3225-9387 ou e-mail:cpafro.sac@embrapa.br

[ Fonte: Dia de Campo ]

Conheça as medidas para combater a lagarta Helicoverpa armigera, que ataca lavouras de algodão e soja

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está orientando os produtores de algodão e soja sobre como aplicar o defensivo agrícola benzoato de emamectina em suas plantações para combater a praga quarentenária Helicoverpa armigera.
A aplicação do defensivo ocorrerá de forma controlada e em área previamente delimitada, pelo órgão estadual de defesa agropecuária.
Ouça o spot da campanha e faça o download da cartilha de combate à praga Helicoverpa Armigera clicando aqui.

Por que usar o defensivo?
O objetivo é quebrar o ciclo biológico da praga diminuindo assim a pressão populacional para, em seguida, iniciar manejo integrado.
Quais cuidados tomar?
Os cuidados para evitar intoxicação ou uso inadequado do produto, tanto do ponto de vista da saúde quanto do meio ambiente, são os mesmos utilizados para qualquer outro agrotóxico.
Atenção para as recomendações técnicas: 

• Evitar aplicação na presença de ventos fortes ou nas horas mais quentes;

• Não aplicar o produto a uma distância menor que 100 metros de rios, riachos, córregos, lagos estuários, áreas alagadas ou sujeitas à inundação quando for pulverização terrestre;
• Usar somente as doses recomendadas;
• Não executar aplicação aérea em áreas situadas a uma distância inferior a 500 metros de povoação e de mananciais de captação de água para abastecimento público e de 250 metros de mananciais de água, comunidades, agrupamento de animais e vegetação suscetível a danos;
• Não aplicar o produto no período de maior visitação das abelhas;
• Não lavar as embalagens ou equipamento aplicador em lagos, fontes, rios e demais corpos da água.
Acompanhamento contínuo
O monitoramento da aplicação do produto será feito pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), com supervisão regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA/BA), sendo que todas as aplicações serão presencialmente acompanhadas por órgãos de defesa agropecuária.
Preocupação com o cidadão
O monitoramento com relação à saúde deverá ser garantido por meio de orientações da ANVISA, inclusive com previsões de acompanhamento dos eventuais casos de intoxicação.

O uso do benzoato de emamectina terá caráter provisório. 
A autorização para importação emergencial deu-se pela Instrução Normativa nº 13, de 03 de abril de 2013.


Em caso de dúvidas ou para mais informações:
Central de Atendimento do Mapa: 0800 704 1995
Disque-Intoxicação ANVISA: 0800-722-6001

domingo, 9 de junho de 2013

Compostagem laminar: uma prática amigável à biodiversidade

Faça o download da publicação clicando aqui.

Panificação Artesanal: melhoria da qualidade alimentar e geração de renda

Artigo da pesquisadora Eliana Maria Guarienti, da Embrapa Trigo

O alto consumo de alimentos industrializados produzidos com elevados teores de gorduras (saturada e trans), açúcar e sódio, associados a uma dieta com baixa ingestão de fibras, ao sedentarismo e ao consumo de drogas lícitas, têm contribuído para o aparecimento e agravo de doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes, a pressão alta, a obesidade e doenças cardíacas, sendo estes, os principais problemas de saúde pública no Brasil. De acordo com dados da Pesquisa de Orçamento Familiar 2008-2009 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o consumo do pão francês – o mais consumido no país - é da ordem 53g de pão/dia e este alimento contribui para a ingestão de sódio da ordem 320mg/50g de produto, enquanto que a quantidade máxima a ser ingerida, segundo recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é de 2.000 mg de sódio por dia. Ou seja, apenas um pão francês de 50 gramas representa 16% da quantidade de sódio recomendada em um dia. E os demais derivados do trigo, qual sua participação no comprometimento da saúde pública do ponto de vista nutricional? A pesquisa tem tecnologias para melhorar o valor nutricional dos derivados do trigo?
Por outro lado, a mão-de-obra familiar, em especial das mulheres, está parcialmente ociosa. A falta de qualificação, de expectativas de um futuro melhor e a baixa autoestima são alguns dos fatores que fazem com que muitas mulheres pouco contribuam com a transformação social no âmbito familiar. Outras mulheres, já inseridas no mercado de trabalho, formal ou informal, em especial aquelas que têm como fonte de renda a produção artesanal de pães, além de outros produtos derivados de trigo, em geral, apresentam pouco conhecimento teórico que poderia alavancar seu negócio através da oferta de produtos mais variados, com melhor qualidade e inócuos, do ponto de vista higiênico-sanitário.
Os problemas acima apontados ocorrem tanto na população urbana como rural, e em diferentes classes sociais. Especificamente na população urbana de baixa renda e a rural, incluindo-se povos tradicionais como os quilombolas, têm, em muitos casos, menor acesso à informação veiculada em seu nível de compreensão. Desta forma, existe a tendência de perpetuar “formas de fazer e de viver” herdadas de seu grupo familiar e afins, com pouca inovação. Paradoxalmente, programas assistenciais que facultam o recebimento ou a aquisição de gêneros alimentícios, estimulam a substituição da dieta tradicional, mais diversificada e, por vezes, mais nutritiva, por produtos de fácil e rápido preparo, não necessariamente mais saudáveis. 
No âmbito rural, agricultores familiares, incluindo-se os assentados e reassentados da reforma agrária e quilombolas, ressentem-se de informações técnicas que poderiam melhorar a qualidade de vida das famílias, do ponto de vista nutricional, e que estimulariam a geração ou incremento da renda desta população.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria, o consumo per capita de pães no Brasil é estimado em 33,5 kg/habitante/ano, enquanto o segmento de biscoitos é responsável pelo consumo de 6,3 kg/habitante/ano, de acordo com dados da Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos, e as massas alimentícias têm apresentado consumo de 6,0 kg/habitante, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias, Pão e Bolo Industrializados. Estes produtos, além de outros derivados de trigo, assumem grande importância na dieta do brasileiro, razão pela qual a Embrapa Trigo, no âmbito de suas atribuições, como Centro de Produto da Embrapa, iniciou, em 2003, uma Ação Social denominada “Melhoria da qualidade alimentar e geração de renda com produtos à base de trigo”. Os dois principais objetivos desta ação social são: proporcionar às famílias conhecimento e prática sobre alimentação básica nutritiva e saudável, visando ao bom desenvolvimento físico e mental; e qualificar pessoas para a fabricação de produtos à base de trigo para serem comercializados no mercado local ou para autoconsumo.
Este trabalho continua em execução e tem, ao longo do tempo, abrangido quatro públicos alvos principais dependendo da finalidade: formação de multiplicadores (assistência técnica, faculdades e cursos profissionalizantes) e, usuários diretos dos conhecimentos e das tecnologias repassadas nas capacitações (população urbana e rural).
O trabalho tem sido executado através de cursos com aulas teóricas e práticas, com constante estímulo a troca de experiências entre os participantes. Os principais tópicos abordados são: noções básicas de higiene no preparo de alimentos; principais ingredientes usados na produção de pães, bolos, cucas e bolachas; apresentação de diversas formas de consumo de trigo em grão e de seus derivados, em especial, usados em mistura com outros alimentos produzidos na propriedade, tais como hortifrutigranjeiros, grãos diversos, produtos lácteos e cárneos; alimentação saudável com produtos à base de trigo; e alternativas para a comercialização de alimentos, como feiras livres, Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, criação de agroindústria familiar, entre outras. Durante os cursos são realizadas dinâmicas de grupo visando à interação e ao fortalecimento da autoestima dos participantes.
Em dez anos de projeto, foram treinadas mais de 1500 pessoas, em 47 cursos em todo o país, abrangendo os seguintes públicos-alvo: agentes de extensão rural e bem-estar social; alunos, professores e empregados de faculdades e cursos profissionalizantes; representantes e assistidos de entidades de combate à miséria, como comitês da cidadania, pastoral da criança, agentes da cáritas diocesana, associações de bairros, presidiários, assentamentos da reforma agrária e grupos organizados da agricultura familiar.
O reconhecimento do trabalho desenvolvido na difusão de conhecimentos e tecnologias para a fabricação de alimentos à base de trigo repassadas nos treinamentos está registrado através de iniciativas que resultaram em ações concretas, dentre as quais citam-se alguns exemplos: a Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos, instalada no bairro Sarandi, nos arredores de Porto Alegre (RS), formada por 25 costureiras, ampliou suas atividades com a montagem de uma panificadora, cujo projeto foi apresentado pelo COEP -RS e teve a participação da Embrapa Trigo, treinando as cooperadas para a produção de diversos tipos de pães e tornando a cooperativa fornecedora de produtos exclusivos e diferenciados. Em Nova Santa Rita, RS, beneficiárias do Programa RS Rural, o qual financiou agroindústrias locais, inclusive padarias, receberam treinamento em panificação artesanal, passando a oferecer à população deste município, produtos de panificação de melhor qualidade nutricional e sanitária. Em Passo Fundo, RS, foi instalada uma Cozinha Comunitária, incluindo uma padaria, localizada na Igreja São Judas Tadeu, na Vila Luíza, gerando renda para as famílias. Na Comunidade Quilombola Mormaça está sendo instalada uma padaria financiada pela Cáritas Diocesana de Passo Fundo, e com apoio da Prefeitura Municipal de Sertão, RS, objetivando o fornecimento de produtos para a merenda escolar municipal. No município de Candiota, RS, nove agricultoras dos Assentamentos de Santa Fé e São Pedro II foram contempladas com uma Padaria Comunitária, financiada pela INCRA, oferecendo para comercialização em eventos locais produtos que foram objeto de aprendizado no curso de panificação.
A ação social “Melhoria da qualidade alimentar e geração de renda com produtos à base de trigo” é desenvolvida por um grupo de empregados da Embrapa Trigo (Eliana Maria Guarienti, Helena Araújo de Andrade, Jorge Cerbaro, Paulo Ernani Peres Ferreira, Antonio Sérgio Brizola de Oliveira e Ellen Traudi Wayerbacher Rogoski) atendendo a missão orientadora da empresa em “viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação na cadeia produtiva do trigo e outros cereais de inverno para competitividade e sustentabilidade da agricultura em benefício da sociedade brasileira”. Fazer um balanço das ações realizadas ao longo de uma década traz a satisfação do dever cumprido, gerando o desenvolvimento econômico, a inclusão social e a preservação do meio ambiente, condições estas que visam a redução da pobreza, da desigualdade social e colaboram com um mundo mais sustentável. 

[ Fonte: Dia de Campo ]

sábado, 8 de junho de 2013

Colheita mecanizada de cana-de-açúcar cresce no Estado de SP

A colheita mecanizada de cana no Estado de São Paulo aumentou na safra 2012/2013, se comparado a safra passada. O percentual de 72,6% representa 3,38 milhões de hectares, área equivalente a 22 cidades de São Paulo ou a mais de 4.800.000 campos de futebol. Esse índice, em 2006/2007, era de 34,2%.
Desde o início do Projeto Etanol Verde, em 2007, São Paulo deixou de queimar 5,53 milhões de hectares e de lançar à atmosfera mais de 20,6 milhões de toneladas de poluentes e 3,4 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. 
A palha que é deixada sobre o solo após a colheita mecanizada, além de melhorar sua fertilidade e protegê-lo contra a ação das chuvas e de processos erosivos, também tem potencial para geração de energia elétrica nas usinas. 

Etanol verde 
O Projeto Etanol Verde também teve reflexos nas usinas. O setor sucroenergético paulista reduziu o consumo de água no processamento industrial da cana-de-açúcar, investindo no aprimoramento dos processos industriais e no fechamento de circuitos com reúso de água dentro das unidades. 
Cerca de 68% das usinas signatárias do Protocolo Agroambiental já consomem menos de 1m3 por tonelada de cana processada. O reúso de água em processos industriais é uma tendência mundial, e representa economia para as indústrias e para o meio ambiente.
As usinas e fornecedores de cana signatários também estão protegendo nossos rios. Mais de 284 mil hectares de áreas ciliares estão compromissados com a proteção e recuperação pelo setor. Essas áreas, além de protegerem os rios contra processos de erosão e assoreamento, são ainda corredores ecológicos naturais para a fauna.

Divulgação: MBA Esalq e Preparatório Concurso MAPA


Produção animal sustentável


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sexta-feira, 7 de junho de 2013

CBOT: Soja volta a subir e tem bons ganhos na manhã desta 6ª feira

Na manhã desta sexta-feira (7), a soja encerrou o pregão eletrônico com bons ganhos na Bolsa de Chicago. Os principais vencimentos da commodity registraram altas entre 12,00 e 19,75 pontos. O contrato julho/13, mais negociado nesse momento, fechou a sessão cotado a US$ 15,39/ bushel.
O mercado encontra suporte na demanda aquecida diante de estoques historicamente baixos configurando uma ajustada relação entre a oferta e a procura pelo produto norte-americano. Além disso, novas previsões climáticas para os Estados Unidos indicam novas chuvas para importantes regiões produtoras do Corn Belt e isso também estimulao avanço das cotações, principalmente nas posições mais distantes. 
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira (6):
Soja recua na CBOT, mas preços seguem em alta no mercado interno
Na sessão desta quinta-feira (6), os futuros da soja fecharam em campo misto, porém, o mercado virou e encerrou o dia com ligeiras baixas nos primeiros vencimentos e pequenas altas nos contratos mais distantes. O milho g fechou os negócios do lado positivo da tabela. 
O mercado, de acordo com o que explicou o analista Glauco Monte, da FC Stone, foi de bastante movimentação. A pressão no curto prazo, segundo ele, se deu com o movimento técnico de "rolagem de posição" de fundos de investimentos. "Os fundos começaram a vender os contratos mais próximos e compram os mais longos", afirma. 
O que limitou as baixas, porém, foram os números de exportações semanais. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou que as vendas de soja da safra velha foram de quase 50 mil toneladas, enquanto o mercado espera um volume menor e até mesmo alguns cancelamentos. Além disso, as vendas de farelo também foram positivas e contribuíram para a sustentação das cotações. 
Por outro lado, previsões de novas chuvas em importantes regiões produtoras dos Estados Unidos estimularam o avanço dos preços, principalmente no caso do milho. O mercado ainda observa o clima adverso atrasando o plantio da nova safra e as possibilidade das condições desfavoráveis comprometerem a produtividade das lavouras. 
Mercado Interno - No mercado interno brasileiro, apesar do ligeiro recuo registrado em Chicago, os preços ainda registraram avanços. Porém, os negócios seguem lentos e com pouca movimentação. No Porto de Rio Grande, a saca da soja permaneceu em R$ 71,00. Em Cascavel/PR, subiu de R$ 63,50 para R$ 64,00, em Rondonópolis/MT aumentou de R$ 58,50 ara R$ 59,00. 
"O mercado interno foi muito beneficiado pela questão do dólar (...) Boa parte desses R$ 71,00 (no porto) foi por conta dessa elevação do dólar, aliado a uma elevação também dos primeiros contratos em Chicago", explica Monte. 

Helicoverpa armigera no Manejo Integrado de Pragas de Milho

O cultivo de milho pode ser atacado por diferentes espécies de inseto desde o plantio até próximo à colheita. No entanto, algumas espécies merecem maior atenção por parte dos agricultores devido ao local de ataque. É o caso, por exemplo, das espécies que atacam as partes reprodutivas da planta, como o complexo de insetos denominados “lagartas”. A espécie mais tradicional e reconhecida como a mais importante é a lagarta-da-espiga, Helicoverpa zea. No entanto, nas espigas é também possível ser encontrada a lagarta-pequena,Dichomeris famulata, a lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda e a broca da cana-de-açúcar, Diatraea saccharalis. À exceção da H. zea D. famulata, que são intimamente associadas à espiga, as outras espécies podem ocorrer em outras partes da planta, como folhas e colmos.
O controle tradicional das espécies que atacam as espigas é dificultado pela localização das lagartas, geralmente protegidas dentro da espiga, sob as palhas. Quando o controle é através da pulverização com produtos químicos, além da baixa eficiência, há sempre o risco de eliminação de agentes de controle biológico e contaminação ambiental. Além do mais, a pulverização depende da disponibilidade de equipamentos apropriados que possibilitem a aplicação sobre plantas de tamanho elevado, incluindo, além da aplicação tratorizada, a aplicação via água de irrigação ou até mesmo a aplicação aérea. Tais equipamentos não são disponíveis para grande parte dos agricultores brasileiros e, portanto, nesta situação a pulverização não é feita. A ausência de inseticidas permite ao longo do tempo, a colonização de insetos benéficos específicos que acabam por reduzir a população da praga a níveis insuficientes para causar danos econômicos. É o caso, por exemplo, do parasitóide de ovos do gênero Trichogramma que pode atingir taxas de parasitismo acima de 70% em ovos de H. zea (“lagarta-da-espiga”). Outros agentes de controle biológico, também importantes e complementares, incluem a tesourinha, Doru luteipes e o percevejo Orius. Ambos são normalmente encontrados na espiga do milho.
Recentemente, uma nova espécie de praga foi identificada no Brasil atacando entre outras espécies vegetais, o milho, a soja e o algodão, notadamente no Oeste da Bahia com grande severidade, causando perdas elevadas na produtividade, mesmo com a aplicação de inseticidas químicos. A espécie em questão, conhecida cientificamente como Helicoverpa armigera é muito próxima da lagarta-da-espiga, H. zea, não sendo ambas facilmente separadas visualmente. É uma espécie muito severa em países da Ásia, África e Austrália. Tem como hospedeiro, além dos cultivos já mencionados, o sorgo granífero; painço; girassol; cereais de Inverno, como trigo, aveia, cevada e triticale; linhaça; grão de bico; feijão; e culturas hortícolas, como cerejas, tomate, pepino e frutas cítricas.
O que torna a praga importante e severa é o fato de possuir alta mobilidade, polifagia e alta taxa de reprodução. Um problema agravante ao manejo da praga tem sido também o desenvolvimento da resistência aos inseticidas, já documentado na literatura, especialmente em relação a piretróides sintéticos, embora já haja registro de resistência a outros grupos de inseticidas, como carbamatos e organofosforados.
Como a espécie H. zea, os ovos de H. armigera são geralmente postos sobre o “cabelo” do milho. Ao eclodir as larvas consomem os grãos em desenvolvimento e, além deste dano direto, é comum ocorrer infecções bacterianas secundárias. As larvas também podem se alimentar das folhas do cartucho, das folhas mais desenvolvidas e do pendão.
O ciclo de vida do inseto é em torno de um mês, o que permite a existência de várias gerações anuais e contínuas especialmente nas áreas mais quentes. Ocorrem seis estágios larvais e a larva quando completamente desenvolvida chega a 35-40 mm de comprimento. A pupa é marrom escura, com 14-18 mm de comprimento, com superfície lisa, arredondada, tanto anterior como posteriormente, com dois espinhos paralelos na ponta posterior.
Manejo da praga
A fase de ovo é crucial no ciclo de vida de H. armigera uma vez que alta taxa de mortalidade é verificada nesta fase. A literatura mundial tem relatado acima de 88% de mortalidade de ovos de H. armigera, principalmente nos primeiros três dias de oviposição. Esta taxa de mortalidade pode chegar a 95% de mortalidade, considerando-se a fase de ovo e os primeiros estágios larvais. O principal agente de controle biológico para liberação em nível de campo para o controle de ovos de diversas espécies de Lepidoptera é o Trichogramma, um inseto diminuto, porém com alta eficiência no controle das pragas. Além desta eficiência, já existe disponibilidade comercial em diferentes países, incluindo o Brasil. A liberação deste agente de controle biológico deve estar associada com armadilha contendo feromônio sexual que, ao ser utilizado no campo, serve para detectar a chegada da mariposa na área alvo e indicar a época de liberação. A armadilha, bem como o feromônio sexual, já está disponível no mercado internacional.

O correto manejo das pragas de milho necessariamente deve considerar a possibilidade de liberação de Trichogramma tanto para o controle da lagarta-do-cartucho, como para o controle do complexo de Helicoverpa. O alto índice de parasitismo natural de ovos da “lagarta-da-espiga” indica a adaptação da espécie no agroecossistema milho e a real possibilidade de uso também para o controle da nova espécie, H. armigera. Na realidade, muito se tem pesquisado no Brasil mostrando a importância dos agentes de controle biológico das diferentes espécies de insetos fitófagos associados ao milho. Tanto em áreas de produção onde se utiliza o milho convencional, como em áreas onde há utilização de milho Bt a importância de insetos (parasitóides e predadores) e de microrganismos como tática essencial no manejo integrado não pode deve negligenciada.
A introdução de uma nova espécie de praga no sistema agrícola brasileiro mostra a importância de se ter rotineiramente o Manejo Integrado como princípio fundamental, de tal modo que o produtor possa rapidamente adequar medidas que também sejam eficientes, econômicas e ambientalmente adequadas para reduzir a população da nova praga a níveis não econômicos.  Obviamente, as demais espécies de insetos fitófagos não devem ser negligenciadas por conta do aparecimento de novas pragas. Todo o conhecimento gerado pelas Instituições de Pesquisa deve ser normalmente entendido e utilizado para reduzir a probabilidade de haver prejuízos aos produtores e à sociedade como um todo. Mais informações sobre aspectos biológicos e estratégias de manejo podem ser obtidas neste site.

[ Fonte: Dia de Campo ]