segunda-feira, 27 de maio de 2013

Embrapa leva consórcio milho-braquiária a evento em Itaporã

O consórcio milho-braquiária é uma importante tecnologia, que traz sustentabilidade às atividades para o grande e o pequeno produtor. Essa tecnologia pode ser implantada tanto na safra de verão (safra das águas) ou na safrinha (safra  de outono-inverno), nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Em Mato Grosso do Sul, o consórcio tem sido utilizado na época da safrinha, em sucessão principalmente à soja. Essa tecnologia, já conhecida pelo produtor e recomendada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foi demonstrada pela Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) no Dia de Campo "Tecnologias para Segunda Safra" da Agro Jangada. O evento será aconteceu no último dia 24 de maio, no campo experimental da empresa, em Itaporã, MS, das 8 às 12 horas.
No evento, o objetivo foi falar sobre os cuidados necessários para a implantação da tecnologia e sobre  os benefícios do consórcio para formação de palha, em que o milho é cultivado juntamente com a brachiaria ruziziensis. O analista da área de Transferência de Tecnologia, Euclides Maranho, será o responsável por transferir o conhecimento ao público-alvo do Dia de Campo.
Entre os temas, Maranho abordou os vários métodos de implantação que podem ser utilizados pelo produtor, com destaque para três deles, que estão relacionados com o posicionamento das sementes de braquiária em relação às linhas do milho: nas entrelinhas, nas linhas do milho e em área total. Segundo o engenheiro agrônomo e analista da Embrapa Agropecuária Oeste, Gessí Ceccon, os gastos com fertilizantes químicos são menores, quando a adubação é realizada apenas nas linhas de milho, sendo a palha uma importante fonte de matéria orgânica para o solo.
Já profundidade ideal de semeadura varia de acordo com a espécie utilizada, com o vigor da semente e com a época do ano, já que as diversas condições climáticas interferem na germinação das sementes em diferentes profundidades de semeadura. Com isso, o produtor rural terá menos gasto com sementes e, por conseqüência, melhor formação de braquiária. Em condições de safrinha, a melhor germinação tem sido observada nas profundidades entre 3 cm e 6 cm.
Outro destaque é a qualidade das sementes de braquiária, que precisam ser de alta pureza e germinação para evitar a entrada de sementes de má qualidade e de origem desconhecida. Durante a estação da Embrapa no evento, Maranho também falou sobre as vantagens do consórcio, como a manutenção da umidade no solo; a diminuição de erosão, de pragas, doenças e plantas daninhas; a manutenção da palha do milho sobre o solo após sua colheita; diminuição do risco de incêndio nas lavouras no período seco entre agosto e setembro, além fixação de carbono no solo, reduzindo a emissão de CO2, o que contribui com a redução do efeito estufa.
Mais um benefício é que a presença da braquiária verde na lavoura não deixa que palha do milho seja levada pelo vento, após colheita, para encostas de lavouras, bordaduras e beira de estrada. "Por ocasião do plantio da soja, a braquiária também vai manter a palha do milho na lavoura, e a passagem da plantadeira de soja não vai levar com facilidade essa palha. Portanto, evita que o agricultor faça a gradagem no solo", explica Ceccon.

[ Fonte: Dia de Campo ]

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